MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A Renault de São José dos Pinhais (PR) retomou a produção de 340 carros por dia na manhã de ontem, após uma assembléia que votou por acordo com a empresa, acabando com a greve deflagrada na terça-feira passada.
O fim da paralisação foi obtido depois de a montadora garantir repasse integral do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para salários de até R$ 2.000 na data-base de setembro. Salários de faixas mais elevadas terão reajustes inferiores, aplicando-se cálculos em cascata.
De imediato, os metalúrgicos terão abono de R$ 500 em parcela única, para compensar as perdas dos últimos sete meses. O acordo beneficia cerca de 2.770 trabalhadores da Renault no Brasil.
A direção da Renault incluiu no compromisso a redução da jornada de trabalho futura das atuais 42 horas semanais, para 41 horas a partir de setembro. Em março de 2004, a jornada cai para 40 horas. O presidente da montadora, Pierre Poupel, disse que a iniciativa da redução da jornada foi da própria Renault. Segundo ele, a Volvo já adota a carga de 40 horas, e a Volkswagen-Audi "compra" duas horas de seus funcionários.
O acordo fechado ontem com os trabalhadores foi intermediado por representantes do governo do Paraná.


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