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São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 2003

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Modificação genética provoca recorde no RS

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Com a liberação da soja transgênica pelo governo federal e as boas condições climáticas, a atual colheita gaúcha de soja está atingindo seu recorde histórico de produtividade.
Segundo a FecoAgro (Federação das Cooperativas Agropecuárias), haverá rendimento de 2.457 quilos por hectare, número que é 13,27% superior às estimativas do início do ano -de 2.269 quilos por hectare.
Em relação ao ano passado, quando a colheita atingiu 1.703 quilos por hectare, a produtividade deste ano é quase 50% superior (mais precisamente, 44,27%).
O Rio Grande do Sul deve atingir a produção total de 8,6 milhões de toneladas de soja. No ano passado, foram 5,6 milhões de toneladas.
Desde que a FecoAgro começou a realizar o levantamento, em 1980, trata-se da maior produtividade. Antes disso, de acordo com técnicos da federação, a produtividade era, de qualquer forma, sempre menor.
Até a atual colheita, o melhor desempenho havia sido registrado na safra 2000/2001. Na ocasião, a produtividade foi de 2.339 quilos por hectare.
A vinculação da produtividade com a liberação dos transgênicos está no fato de que o uso das sementes geneticamente modificadas favorece um controle mais eficiente das ervas daninhas, diz Ricardo Núncio, técnico da FecoAgro.
Núncio, porém, ressalva que isso não significa haver mais eficiência da soja transgênica em relação à tradicional. ""É o manejo utilizado na formação da lavoura que aumenta o rendimento", afirma ele.
A área de plantio 7,28% maior em relação à do ano passado corrobora os números da produtividade deste ano -ela pulou de 3,295 milhões de hectares para 3,535 milhões de hectares.
A colheita da soja, favorecida pelo clima, já atingiu cerca de 58% do total.


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