|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Modificação genética
provoca recorde no RS
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Com a liberação da soja transgênica pelo governo federal e as
boas condições climáticas, a atual
colheita gaúcha de soja está atingindo seu recorde histórico de
produtividade.
Segundo a FecoAgro (Federação das Cooperativas Agropecuárias), haverá rendimento de 2.457
quilos por hectare, número que é
13,27% superior às estimativas do
início do ano -de 2.269 quilos
por hectare.
Em relação ao ano passado,
quando a colheita atingiu 1.703
quilos por hectare, a produtividade deste ano é quase 50% superior
(mais precisamente, 44,27%).
O Rio Grande do Sul deve atingir a produção total de 8,6 milhões de toneladas de soja. No ano
passado, foram 5,6 milhões de toneladas.
Desde que a FecoAgro começou
a realizar o levantamento, em
1980, trata-se da maior produtividade. Antes disso, de acordo com
técnicos da federação, a produtividade era, de qualquer forma,
sempre menor.
Até a atual colheita, o melhor
desempenho havia sido registrado na safra 2000/2001. Na ocasião,
a produtividade foi de 2.339 quilos por hectare.
A vinculação da produtividade
com a liberação dos transgênicos
está no fato de que o uso das sementes geneticamente modificadas favorece um controle mais
eficiente das ervas daninhas, diz
Ricardo Núncio, técnico da FecoAgro.
Núncio, porém, ressalva que isso não significa haver mais eficiência da soja transgênica em relação à tradicional. ""É o manejo
utilizado na formação da lavoura
que aumenta o rendimento", afirma ele.
A área de plantio 7,28% maior
em relação à do ano passado corrobora os números da produtividade deste ano -ela pulou de
3,295 milhões de hectares para
3,535 milhões de hectares.
A colheita da soja, favorecida
pelo clima, já atingiu cerca de 58%
do total.
Texto Anterior: Outro lado: Sem mudança, há caos legislativo, afirma ministro Próximo Texto: Feira: Agrishow prioriza pequeno produtor Índice
|