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Meta de 49 usinas será
atingida, diz governo
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério de Minas e Energia procura não mostrar preocupação em relação aos problemas
de falta de equipamentos para o
cumprimento do programa
emergencial de energia.
Sua assessoria afirma que a meta de 49 usinas termelétricas sairá
como planejada. Seis delas entrariam em atividade já em 2001.
O Ministério das Minas e Energia não se espanta ainda com a
possibilidade de que os 15 mil megawatts previstos até 2003 caiam à
metade.
Isso porque teria trabalhado inicialmente com a perspectiva de
garantir 11 mil megawatts e foi
surpreendido por projetos acima
desse número.
Um corte pela metade na produção das termelétricas resultaria, porém, em 7.500 megawatts. E
pode comprometer o abastecimento de energia do país. Isso
porque a previsão é que a demanda de energia cresça acima de 5%
por ano a partir de 2000, mais do
que o crescimento de 3,5% previsto para o PIB (Produto Interno
Bruto) deste ano.
O programa das termelétricas se
enquadra na meta do governo de
ampliar para 99 mil megawatts a
base para o consumo de energia
elétrica até 2004 -cerca de 13 mil
viriam de novas usinas termelétricas e 2.000 seriam importados da
Argentina.
Para Eduardo Bernini, da VBC
Energia, "o governo pode aceitar
uma certa flexibilidade no prazo
de conclusão das obras das termelétricas". Ou seja, esticar os benefícios dados pelo programa emergencial para 2004 ou mais tarde.
Matriz energética
O Programa Prioritário de Termelétricas foi criado também para tentar mudar o perfil da matriz
energética do país. Hoje, cerca de
93% da base instalada de 63 mil
megawatts têm origem em usinas
hidrelétricas.
O governo quer reduzir esse
percentual para 80%, pois as termelétricas são muito mais rápidas
de construir e não exigem um
grande reservatório de água nas
redondezas. Isso permite mais
mobilidade dos projetos.
O ministério conseguiu a garantia de financiamento de até 30%
das termelétricas por intermédio
do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social), sendo que o custo total é
estimado em R$ 12 bilhões.
Além dos problemas com a
aquisição das turbinas, os investidores têm se movimentado para
garantir novos parceiros nos empreendimentos.
Eles reclamam também das dificuldades para receber o relatório
favorável de impacto ambiental.
A Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica) garante, no entanto, que tem aprovado, em até
40 dias, as usinas corretamente
planejadas.
(LV)
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