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Queda nas Bolsas ainda não terminou
GRETCHEN MORGENSON
DO "THE NEW YORK TIMES"
Os investidores do mercado de
ações já aguentaram dor considerável desde o pico dos mercados,
alguns meses atrás. Com o índice
Dow Jones caindo 10% no ano e o
índice composto Nasdaq caindo
mais do que o dobro disso, os investidores estão provavelmente
imaginando quando toda essa
agonia acabará.
Ainda não, de acordo com L.
Keith Mullins, diretor de pesquisa
de crescimento em mercados
emergentes da corretora Salomon
Smith Barney.
Mullins acredita que a sangria
nas Bolsas não será estancada até
que o fervor pelas ofertas públicas
iniciais de ações seja completamente erradicado.
O número de novas ações em
oferta caiu consideravelmente nas
últimas semanas -apenas 23
empresas ofereceram ações ao
público neste mês, contra 65 em
março-, segundo Richard Peterson, principal estrategista de mercado da Thomson Financial Securities Data.
Ainda pior para os investidores,
61% das emissões novas neste ano
estão sendo negociadas abaixo de
seus preços de oferta. "A coisa está feia lá fora", disse Peterson.
Não feia o bastante, acredita
Mullins. Enquanto houver vida
no mercado de ações de novas
companhias, ele acredita que as
Bolsas como um todo continuarão vulneráveis.
A oferta das ações da Sonus Networks, na quinta-feira, indica que
o coração do mercado continua
batendo. A Sonus ofereceu 5 milhões de ações ao preço de US$ 23
cada. Fecharam cotadas a US$
50,50 em seu primeiro pregão.
"Enorme dano psicológico foi
causado aos investidores", disse
Mullins. "Mas o mercado de novas emissões continua bastante
resistente. Minha expectativa é
que o mercado continue a ser bastante seletivo quanto às emissões
que aceitará. A janela terá de ser
fechada inteiramente antes que
essa correção se acabe."
Um dos motivos para que Mullins acredite que o mercado deve
continuar em correção por um
bom tempo é que os preços das
novas emissões em seu primeiro
dia de pregão continuam saltando
como rolhas de champanhe.
Tradução de Paulo Migliacci
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