São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 2006

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON
mzafalon@folhasp.com.br


INSATISFAÇÃO
"Sair agora, já que não é candidato a nada e logo após fazer o governo promover vários pacotes agrícolas, é sinal de que a paciência dele chegou ao fim." A afirmação se refere a Roberto Rodrigues e foi feita por um líder do setor agrícola.

SURPRESA
Que a saída do ministro poderia acontecer antes do final do governo Lula era assunto corrente no Ministério da Agricultura. Mas o anúncio ontem acabou sendo uma surpresa, diz um assessor do ministério. "Nos últimos dias, ao contrário do que ocorria em outras ameaças [de saída], ele estava bem."

DIRECIONAMENTO
O direcionamento político e administrativo do governo federal, muitas vezes contrário ao da Agricultura, deve ter contribuído para a decisão de Rodrigues deixar o cargo, segundo Orestes Prata Tibery Júnior, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu.

NÚMEROS
Apesar de a produção de grãos ficar sempre abaixo do previsto nas últimas safras, Rodrigues sai do governo com 476 milhões de toneladas acumuladas em sua gestão -média de 119 milhões por ano. Nos dez anos anteriores à sua chegada, a média era de 82 milhões. Com isso, o saldo do agronegócio cresceu.


ERA PARA SER MAIS
Seca, excesso de chuvas na colheita e ferrugem impediram a marca dos 500 milhões de toneladas, patamar que teria sido atingido se as estimativas tivessem se confirmado nos últimos anos. A principal responsável pela quebra foi a soja.

NÃO TÃO RUIM
Ao contrário do que ocorreu com a soja e o milho, outros setores podem comemorar no período do ministro. A área e a produção de cana-de-açúcar, a nova vedete do agronegócio, continuam em alta; o café e o suco se recuperaram; e as carnes, mesmo com os problemas sanitários, mantêm expansão.

REDUÇÃO
As fracas vendas das últimas semanas e a boa quantidade de frango abatido no mercado voltaram a derrubar o preço da ave nas granjas do interior paulista.

ACERTOS
O mercado de suco de laranja de Nova York teve ligeira queda (0,7%) ontem no primeiro contrato. Os preços atuais, no entanto, ainda superam em 71% os de igual período de 2005.

NOVA UNIDADE
A Poli-Nutri Alimentos, do setor de nutrição animal, coloca em operação a terceira unidade fabril, localizada em Fortaleza (CE). Os investimentos somaram R$ 10 milhões e vão gerar 150 novos empregos. A empresa já possui fábricas em Osasco (SP) e Maringá (PR).


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