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EVITANDO DESPERDÍCIO
No PR, caminhões formam fila de 8 kms
Produtor doa carga que iria apodrecer
da Agência Folha, em Curitiba
A greve dos caminhoneiros paralisou 96% das atividades da
Ceasa, em Curitiba (PR). Alguns
supermercados da cidade já enfrentaram ontem falta de hortifrutigranjeiros.
O produtor Henrique Sedoski
ficou parado no bloqueio, a menos de 600 metros de onde deveria descarregar. Ele preferiu doar
parte da sua carga para pessoas
que circulavam pela BR-116.
"Minha carga é de pequeno valor e prefiro doar, já que vai apodrecer", afirmou Sedoski, que
produz batata, cheiro-verde e alface, transporta e vende sua produção na Ceasa.
A pequena empresária Cecília
Pereira também ficou retida no
bloqueio. Ela dirige um ônibus
adaptado em que vende hortifrutigranjeiros. "Estou aqui desde as 6h, e já teria vendido mais
de R$ 500 se estivesse trabalhando. Quem pagará meu prejuízo?"
Nos supermercados de Foz do
Iguaçu já estão faltando frutas,
verduras e carnes de boi e de
frango. Há também desabastecimento de massas e frios.
Na região de Londrina, as
granjas estão com dificuldades
para alimentar as aves. Os caminhões que transportam rações
estão parados nos mais de dez
pontos de bloqueio no Paraná.
No porto de Paranaguá, o
transporte de mercadorias em
contêineres está totalmente paralisado. Não entra nem sai caminhão do porto, que só está
embarcando grãos armazenados
para os navios.
A fila de caminhões parados
ontem na BR-116, no perímetro
urbano de Curitiba, chegava a oito quilômetros em ambos os
sentidos da rodovia.
Os caminhoneiros ficaram
concentrados em frente à Ceasa,
onde muitos caminhões carregados de frutas e verduras não podiam entrar para descarregar.
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