São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 2002

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Para analistas, viés de baixa ficará arquivado

DA REPORTAGEM LOCAL

A utilização do viés de baixa pelo Copom (Comitê de Política Monetária) para cortar os juros antes de sua próxima reunião depende de uma calmaria no mercado que ainda parece longe de ser atingida, avaliam economistas e analistas.
"Com os grandes vencimentos de papéis cambiais nas próximas semanas, crescem as dúvidas se haverá espaço para uma diminuição na volatilidade do mercado, necessária para a utilização do viés", afirma Marcelo Cypriano, economista sênior do BankBoston.
Segundo a ata da última reunião do Copom, a adoção do viés de baixa aconteceu porque os últimos acontecimentos -como o acordo com o FMI e o menor deságio dos títulos públicos- "propiciam um ambiente adequado para a reversão de expectativas no mercado financeiro". Quando o Copom adota o viés de baixa, abre a possibilidade de haver corte na Selic, hoje em 18% ao ano, entre uma reunião e outra.
Para o economista-chefe do ABN Amro Asset Management, Hugo Penteado, não é necessário que o dólar volte a ser negociado abaixo dos R$ 3, "mas a volatilidade do câmbio deve diminuir consideravelmente para que o viés possa ser utilizado".(FABRICIO VIEIRA)


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