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Alimentos pressionam e Fipe prevê inflação maior
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
A taxa de inflação mostrou novas surpresas no setor de alimentos, o que fez a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) rever para cima a taxa deste
mês. A evolução média dos preços em São Paulo poderá chegar a
1,15%, acima do 1% previsto até a semana passada.
Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, diz que a inflação está concentrada em poucos produtos. Nos últimos 30 dias, a inflação
foi de 1,08%, e as dez maiores altas de preços no índice no período
respondem por 85% dessa taxa.
Heron diz que a pressão atual na inflação se dá pela concentração
de reajustes internos e pelos aumentos de produtos alimentares
no exterior, como o trigo e a soja.
O aumento do trigo provocou
aumento de 10% nos preços do
pãozinho nos últimos 30 dias. Em
12 meses, o reajuste acumulado é
de 25%. Já o aumento da soja forçou a elevação de 8,3% no preço
do óleo de soja nos últimos 30
dias e de 22% em 12 meses.
Novos produtos começam a
pressionar os alimentos, como a
carne de frango, que subiu 4,41%
nos últimos 30 dias.
A inflação deste mês ainda mostra o impacto dos reajustes de tarifas, especialmente luz e telefone.
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