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Maioria vende botijão acima de R$ 23
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Passados 13 dias da decisão da
ANP (Agência Nacional do Petróleo) de tabelar o preço do gás de
cozinha na refinaria, o produto
ainda é vendido na maior parte
das cidades acima do limite máximo desejado pelo governo, de R$
23 o botijão.
É o que revela pesquisa da ANP
feita em 55 municípios, com dados coletados ontem e anteontem. Do total, 38 cidades ainda registraram um preço médio maior
do que R$ 23. Uma delas é Belo
Horizonte, onde o gás era vendido, em média, a R$ 23,95 o botijão
-3,1% mais barato do que antes
do tabelamento. Em São Paulo, o
valor é inferior ao teto: R$ 22,68,
com uma redução de 10,09%. No
Rio, o produto saía a R$ 21,63,
com queda de 6,34%.
No dia 15 deste mês, a ANP determinou a redução de 12,4% no
preço do GLP nas refinarias da
Petrobras. Informou, na época,
que o mesmo percentual de queda chegaria ao consumidor, pois
revendas e distribuidoras haviam
se comprometido a repassá-lo integralmente.
Pelos dados da ANP, porém, o
preços das distribuidoras chegaram até a subir em alguns municípios, como São Paulo (1,05%) e
Rio (11,6%).
Em relação ao repasse, o Sindigás (entidade das distribuidoras)
informou, em nota, que o preço
do GLP já vinha em caindo antes
da redução na refinaria e que o recuo "não é instantâneo nem uniforme", pois há mais de 100 mil
postos de revenda. A ANP e a SDE
(Secretaria de Direito Econômico) apuram indícios de formação
de cartel entre as principais distribuidoras de gás -sete empresas
controlam 94% do mercado.
Apesar de a maior parte das cidades estar com o preço acima de
R$ 23, há uma tendência de diminuição gradual.
Petrobras
A Petrobras informou que quer
reduzir o volume de GLP que importa. O objetivo é fazer com que
as distribuidoras comprem no exterior. A estatal propôs, em reunião com a ANP e as distribuidoras, que 30 mil toneladas do produto fossem importados pelas
companhias já em setembro.
O volume, diz a Petrobras, é menos de 20% das importações totais e seria destinado só ao consumo industrial, sem afetar o residencial.
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