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SP quer vender mais ações da Nossa Caixa
Se venda for aprovada, Estado terá 51% do capital
DA FOLHA ONLINE
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo do Estado de São
Paulo informou ontem que planeja vender cerca de R$ 810 milhões em ações ordinárias (com
direito a voto) do banco estatal
paulista Nossa Caixa. Se a CVM
(Comissão de Valores Mobiliários) aprovar a venda, o governo passará a ter 51% do capital
da instituição financeira, o mínimo permitido pela legislação.
Em outubro de 2005, o Estado vendeu 28,7% das ações do
banco por R$ 953 milhões. Desde então, papéis da estatal passaram a ser negociados no Novo Mercado da Bovespa (Bolsa
de Valores de São Paulo).
Em comunicado enviado ontem à Bolsa, a Nossa Caixa informou que pediu à CVM o registro de oferta pública de
18,846 milhões de ações em poder do governo do Estado. A entidade responderá em 30 dias
se aprova ou não a venda.
Ao preço de fechamento da
última sexta-feira (R$ 43 por
ação), a oferta seria de aproximadamente R$ 810 milhões.
Esse valor pode aumentar em
cerca de R$ 122 milhões, já que
a quantidade total de papéis
pode ser acrescida de um lote
suplementar de até 2,827 milhões de ações ordinárias.
Segundo Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora Sênior, a venda dará mais liquidez
às ações. "Sempre é bom que
haja maior volume de "free-float" no mercado. O Novo Mercado já tem um nível de transparência muito maior, e agora,
com essa venda, as ações terão
mais liquidez, o que é importante para os grandes investidores". "Free-float" é a porcentagem do capital social de uma
empresa que está disperso em
Bolsa.
A oferta pública será realizada sob a coordenação do banco
UBS em mercado de balcão no
Brasil e também com esforços
de venda no exterior.
O banco ainda não definiu
outras características da oferta
pública, como o cronograma e
as condições de compra.
No primeiro semestre, a Nossa Caixa obteve lucro líquido de
R$ 289,9 milhões, o que representou um aumento de 6,3%
em relação ao mesmo período
do ano passado (R$ 272,6 milhões desconsiderando ajustes
devido à abertura de capital).
Já a carteira de crédito do
banco cresceu 21,4%, alcançando R$ 6,8 bilhões. O banco
aposta no crescimento da carteira de crédito com a migração
integral da folha de pagamento
dos servidores públicos do Estado de São Paulo. A previsão é
que até janeiro todos os funcionários públicos paulistas sejam
correntistas do banco. Em
2007, o pagamento de salário
desses servidores passará a ser
creditado na Nossa Caixa e não
mais no Santander. Os servidores começaram a abrir conta na
Nossa Caixa neste mês.
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