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Atividade das indústrias de SP sobe 1% em julho
No acumulado do ano, expansão é de 5%, diz Fiesp
DEISE DE OLIVEIRA
DA FOLHA ONLINE
O nível de atividade da indústria de transformação do Estado de São Paulo subiu 1% em julho em relação a junho, segundo dados com ajuste sazonal divulgados ontem pelo Ciesp
(Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e pela Fiesp
(Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo).
Sem fazer o ajuste sazonal, o
resultado chega a 2,3% no mês.
Nesse tipo de análise, ante julho de 2006, a alta é de 6,9%. No
acumulado do ano, a produção
aponta expansão de 5%.
O desempenho no mês passado indicou aceleração no ritmo de crescimento sobre junho, quando o INA (Indicador
do Nível de Atividade) cresceu
0,7% sobre maio, segundo dados com ajuste sazonal revisados -antes do ajuste, verificou-se queda de 0,3% na atividade
em junho.
Para Boris Tabacof e Paulo
Francini, diretores do Departamento de Economia das entidades, os dados são um indicativo de que a economia cresce
em ritmo sustentado. "Para
2007, é possível que o PIB industrial de São Paulo, e por extensão o do país, aproxime-se
de 5%, acima do que se imaginava no início do ano, de 3%",
disse Boris Tabacof, do Ciesp.
Segundo ele, o crescimento da
produção, apoiado na expansão
do consumo e dos investimentos, sustenta a nova projeção.
"Não prevíamos a evolução da
massa salarial real de 7%. O crédito continua abastecendo o
consumo", diz Francini.
Os economistas descartam
que o aumento da demanda
possa gerar inflação. "Aumento
de demanda não pode ser confundido com pressão inflacionária, de modo a interromper o
ciclo de queda dos juros básicos", defendeu Tabacof, em referência à decisão do Banco
Central na próxima reunião do
Copom (Comitê de Política
Monetária), em setembro.
Já o nível de utilização da capacidade instalada, referência
do quanto a indústria pode
crescer sem gerar inflação,
atingiu 82,8%, pouco abaixo do
de junho (82,9%). Quanto menor o uso, maior a possibilidade
de a indústria atender a um
crescimento de demanda sem
provocar aumento nos preços.
Já as vendas reais recuaram
1,5% em julho ante junho, sem
considerar ajuste sazonal. Em
relação a julho de 2006, houve
expansão de 3,2%. No acumulado do ano, a alta é de 4,4% em
relação a 2006.
Em julho, na comparação
com junho (sem ajuste sazonal), o total de horas pagas subiu 0,8%, e as horas trabalhadas na produção, 0,9%. O total
de salários reais pagos em julho
subiu 1,2% sobre junho e 6%
em relação a julho de 2006.
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