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Receita tem conclusão semelhante
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um levantamento do chefe do
Departamento de Estudos Econômicos e Tributários da Receita,
Jefferson José Rodrigues, publicado pela Folha no início de junho,
chega a resultados similares ao
trabalho do Ipea. Rodrigues também usou dados de 1996.
O relatório "Carga Tributária
sobre os Salários" concluiu que os
pobres pagam proporcionalmente mais impostos indiretos que os
mais ricos.
A principal diferença é que, pelos cálculos de Rodrigues, a carga
tributária de impostos diretos, como o IR, é suficiente para compensar a regressividade dos impostos indiretos.
O técnico da Receita trabalhou
com a carga potencial de IR. Isto
é, com as alíquotas nominais do
tributo (não inclui os descontos
autorizados por lei).
O estudo do Ipea utilizou o pagamento efetivo de impostos diretos declarados pelos contribuintes na POF (Pesquisa de Orçamento Familiares) do IBGE.
No caso do estudo de Rodrigues, as alíquotas de IR são maiores que as verificadas pelo Ipea.
Além disso, o Ipea incluiu o pagamento do IPTU e do IPVA.
Segundo Rodrigues, quem ganha até dois salários mínimos
gasta 13,13% da renda com impostos sobre o consumo (indiretos). Os que recebem mais de 30
salários mínimos, 6,94%.
Na hipótese considerada mais
plausível por Rodrigues, os mais
pobres gastam 19,14% da renda
com o pagamento de tributos diretos. Os mais ricos, 30,23%.
A carga total para os mais pobres é de 32,27% da renda. Para os
mais ricos, 37,17%.
No cálculo dos impostos indiretos as contas também são diferentes. A Receita trabalha com uma
cesta de consumo mais agregada.
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