São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2004

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Greve foi terceirizada, diz Febraban

SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL

A greve dos bancários, que entra hoje no 15º dia, "é um movimento político-sindical e foi "terceirizada'", segundo o presidente da Febraban e do Bradesco, Márcio Cypriano. "Não se vêem bancários nas portas das agências, o que se vê são integrantes do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra]", afirmou.
Para o presidente da Febraban, faltou coordenação no movimento dos bancários. "Fomos para um acordo -após dois meses e meio de negociações- com uma boa proposta, mas infelizmente os negociadores não conseguiram passá-la para a categoria", disse.
A proposta dos bancos, apresentada antes da greve, incluía reajuste de 8,5% mais um abono de R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500 mensais. Com o abono, segundo Cypriano, o reajuste chegaria a 12,6%. "Com uma inflação de 6%, isso significa aumento real de 2,5% a 6%", disse o executivo.
Agora, ele afirma que não há espaço para os bancos apresentarem uma nova proposta de reajuste salarial para a categoria. Sem acordo, segundo Cypriano, será instaurado dissídio pela Justiça do Trabalho.
A greve não estaria causando transtornos aos clientes, segundo o presidente da Febraban, pois o nível de adesão ao movimento é restrito. "Apenas 20% das agências do país pararam, e no setor privado esse percentual é ainda menor", disse. Existem cerca de 20 mil agências bancárias no país.


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