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Greve foi terceirizada, diz Febraban
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
A greve dos bancários, que entra
hoje no 15º dia, "é um movimento
político-sindical e foi "terceirizada'", segundo o presidente da Febraban e do Bradesco, Márcio
Cypriano. "Não se vêem bancários nas portas das agências, o que
se vê são integrantes do MST
[Movimento dos Trabalhadores
Rurais sem Terra]", afirmou.
Para o presidente da Febraban,
faltou coordenação no movimento dos bancários. "Fomos para
um acordo -após dois meses e
meio de negociações- com uma
boa proposta, mas infelizmente
os negociadores não conseguiram
passá-la para a categoria", disse.
A proposta dos bancos, apresentada antes da greve, incluía
reajuste de 8,5% mais um abono
de R$ 30 para quem ganha até R$
1.500 mensais. Com o abono, segundo Cypriano, o reajuste chegaria a 12,6%. "Com uma inflação
de 6%, isso significa aumento real
de 2,5% a 6%", disse o executivo.
Agora, ele afirma que não há espaço para os bancos apresentarem uma nova proposta de reajuste salarial para a categoria. Sem
acordo, segundo Cypriano, será
instaurado dissídio pela Justiça
do Trabalho.
A greve não estaria causando
transtornos aos clientes, segundo
o presidente da Febraban, pois o
nível de adesão ao movimento é
restrito. "Apenas 20% das agências do país pararam, e no setor
privado esse percentual é ainda
menor", disse. Existem cerca de
20 mil agências bancárias no país.
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