São Paulo, quinta-feira, 29 de novembro de 2001

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Aécio limita entrada no plenário da Câmara

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O esquema de segurança montado ontem na Câmara dificultou ainda mais o acesso de manifestantes às galerias do plenário. O presidente da casa, Aécio Neves (PSDB-MG), limitou a apenas 60 pessoas o acesso ao local onde é possível acompanhar as votações.
A CUT obteve liminar (habeas corpus) no Supremo Tribunal Federal para garantir a entrada de 120 pessoas. Às 14h30, os sindicalistas tentaram entrar, mas não conseguiram. Aécio Neves considerou a liminar como interferência do Judiciário no Executivo. Até o final da tarde, poucos tinham conseguido ocupar as galerias, que estavam quase vazias. O número de pessoas só chegou próximo ao total estipulado pela presidência da Câmara perto do final da votação do projeto.
Aécio informou em plenário que a Câmara derrubara a liminar obtida pela central sindical. Apesar disso, o presidente disse que permitiu a entrada de acordo com uma cota definida por partido.
Ontem, o presidente da Câmara conversou por telefone com o presidente do Supremo, Marco Aurélio Mello, sobre o assunto. A assessoria do tribunal confirmou a cassação da liminar da CUT.
As galerias ocupadas anteontem pelos manifestantes estavam fechadas ontem. Aécio disse que um laudo técnico apontou estragos causados pela confusão da terça-feira. A estrutura das arquibancadas teria sido abalada e um corrimão arrancado. Além disso, o vidro que isola o plenário estaria em situação arriscada.
Do lado de fora, o número de manifestantes foi pequeno. "Está menor do que ontem [anteontem". Custa caro trazer gente todo dia", explicou o presidente da CGT, Antônio Carlos dos Reis, o Salim, contrário ao projeto.
O presidente da CUT, João Felício, usou ontem a liminar para entrar na Câmara, embora o presidente da casa tenha afirmado que os líderes sindicais tinham direito a credenciamento. "Eu não sabia. Só nos avisaram agora, depois de tanta confusão. Eu vou procurar a segurança, sim. Vou querer o meu crachá", declarou.



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