São Paulo, quinta-feira, 29 de novembro de 2001

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CONTAS PÚBLICAS

Superávit de Tesouro, Previdência e BC cresce 45,5% em outubro

Governo poupa R$ 2,2 bi para juros

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) conseguiu economizar (superávit primário) R$ 2,28 bilhões em outubro para o pagamento de juros da dívida pública.
Em relação ao superávit de R$ 1,53 bilhão de setembro, o resultado de outubro cresceu 45,5%. O principal motivo para o aumento do resultado foi a elevação da arrecadação de impostos e de contribuições sociais de competência da Receita Federal, notadamente do Imposto de Renda cobrado das empresas e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). No mês, a Receita arrecadou R$ 17,1 bilhões.
Do total do superávit primário (receitas menos despesas, excluindo os gastos com juros), o Tesouro contribuiu com saldo positivo de R$ 3,2 bilhões, enquanto o Banco Central e a Previdência Social tiveram déficits de R$ 50,8 milhões e R$ 954,4 milhões, respectivamente.
No acumulado do ano até o mês passado, o superávit está em R$ 25,936 bilhões. No último acordo firmado com o FMI (Fundo Monetário Internacional), a meta de superávit do governo central para este ano foi estabelecida em R$ 21,3 bilhões. Portanto o governo já está com margem de R$ 4,36 bilhões acima do que foi acertado com o Fundo.
Parte desse dinheiro, contudo, servirá para cobrir os resultados negativos nas contas fiscais que o governo central espera ter nos próximos dois meses.
O Tesouro Nacional autorizou gastos de R$ 5,8 bilhões aos ministérios, mas que, devido a dificuldades na execução de projetos, ainda não haviam sido feitos até setembro.
Segundo a coordenadora-geral de Estudos Econômicos do Tesouro, Ana Tereza de Albuquerque, que divulgou ontem os dados das contas públicas, parte desses gastos não foi feita no mês passado. Ela não soube informar quanto resta aos ministérios, mas espera que boa parte do dinheiro seja gasta em novembro e dezembro, o que resultaria em déficit.
"Mas o excedente acumulado até agora será suficiente para garantir o cumprimento da meta [de superávit primário acordada com o FMI"", disse Ana Tereza.


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