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AVIAÇÃO
Atentados causam queda
Jato executivo terá venda menor também
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
As indústrias de aviões para
executivos começam a sentir os
efeitos mundiais da retração da
economia norte-americana. Contrariando as expectativas iniciais
de que as vendas dessas aeronaves aumentariam após os ataques
ao WTC de Nova York e ao Pentágono, devido à sua maior segurança frente aos aviões comerciais, representantes do setor afirmam que as vendas cairão cerca
de 10% em 2002, em relação a este
ano, e 20% até 2005.
"A comercialização de jatos
executivos deve cair dos 650 deste
ano para 600 em 2002", declarou
ontem o diretor geral da IBAC
(Associação Internacional de
Aviação Executiva), Don Sprunston. A retração só será sentida de
fato em 2002 porque parte da indústria de jatos ainda está entregando pedidos feitos há um ano.
A recuperação do setor, diz a
IBAC, só deve ocorrer mesmo em
2006. "São números conservadores. Pessoalmente acho que o desempenho do setor não será tão
ruim, pois países como o Brasil,
Canadá e México tem grande potencial de crescimento", disse
Sprunston, que participou da
abertura da 1ª feira Business Aviation Brazil, em São Paulo.
Os empresários interessados
em aviões executivos estão inclusive deixando de encomendar os
jatos, cujos preços chegam a US$
19 milhões, por aeronaves mais
baratas, como as que utilizam turboélices, cujos valores chegam a
US$ 1,5 milhão.
A Helibras, única montadora de
helicópteros no Brasil, já sentiu o
baque da retração das vendas. O
diretor comercial, Fabrice Cagnat, afirmou que o número de aeronaves fabricadas em 2001 deverá somar 20, contra as 29 de 2000.
Apenas a Embraer parece um
pouco mais otimista. A companhia brasileira, que teve de reduzir neste ano sua produção de jatos regionais de 185 para 160, devido a adiamentos de pedidos de
companhias aéreas, acaba de estrear no ramo de jatos executivos,
com o modelo Legacy.
"Estamos com 44 pedidos firmes desse avião", ", afirmou o diretor de marketing Rogério Marques.
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