São Paulo, quinta-feira, 29 de novembro de 2001

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Bancos recusam troca de títulos das Províncias

DE BUENOS AIRES

A dívida das Províncias programada para entrar na operação de troca se tornou uma dor de cabeça para o governo argentino. Parte dos bancos não aceita as condições oferecidas para a troca dos títulos.
O novo pacto fiscal assinado com as Províncias nas últimas semanas prevê a troca de suas dívidas em condições similares às da dívida federal. Os juros, que alcançam os 25%, seriam reduzidos para cerca de 7% anuais.
Se o governo não arrumar uma forma de as dívidas provinciais serem renegociadas, o corte nos repasses mensais acertado com os governadores no novo acordo fiscal pode não se efetivar. E, sem o corte de 13% nesses repasses a partir de janeiro, o projeto de Orçamento de 2002 fica comprometido.
Como o governo estourou a meta de déficit acertada com o Fundo Monetário Internacional para este ano, mostrar que pode cumprir a política de déficit zero (gastar apenas o que arrecada) em 2002 é fundamental para obter um "waiver" (perdão) e não ter atrasos no desembolso de US$ 1,26 bilhão esperado para dezembro. O vice-ministro da Economia, Daniel Marx, se reuniria ontem com técnicos do FMI para mostrar como anda a reestruturação da dívida.


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