|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Número de contas sacadas
cresce 13,4%
da Redação
De janeiro a outubro deste ano,
foram sacadas 11,45 milhões de
contas vinculadas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), 13,4% a mais do que em igual
período de 97.
Em valor, isso representou R$
13,89 bilhões, incluindo a multa de
40% sobre as contas sacadas por
demissão sem justa causa. A média
é de R$ 1,39 bilhão por mês, valor
que deve estar funcionando como
amortecedor da crise social.
As pessoas demitidas usam o dinheiro para sobreviver até encontrar novo emprego ou para abrir
um negócio próprio.
Não dá para comparar com os
valores sacados em igual período
de 97 porque as empresas passaram a depositar a multa do FGTS
na Caixa Econômica Federal este
ano, a partir de meados de fevereiro. No futuro a instituição pretende separar os dados.
Por motivo de demissão sem justa causa, foram sacadas 7,5 milhões de contas do FGTS de janeiro
a outubro deste ano, 10,8% a mais
do que em igual período de 97. Já
supera o total de 8,1 milhões de
contas movimentadas por demissão em todo o ano passado.
Há também saques motivados
por pedidos de aposentadoria,
contas inativas, compra da casa
própria, abatimento dessas dívidas ou de prestações no SFH,
doença (câncer e Aids) e morte
-caso em que os herdeiros retiram o saldo.
Nos últimos meses, segundo José
Coelho, diretor da CEF, caiu o número de pedidos de aposentadoria
no setor privado (INSS). Ele entende que, devido às discussões da reforma da Previdência, muitos trabalhadores anteciparam os pedidos no final de 97 e início de 98.
Mais recentemente, o fluxo voltou
a ser normal.
Os saques motivados pela compra da casa própria pelo SFH, que
subiram nos últimos anos com a
maior oferta de crédito ao setor
imobiliário, também não mantiveram o ritmo anterior, diz ele.
A retirada para abater prestações
se mantém, mas o uso do FGTS como entrada diminuiu, já que o
mercado imobiliário sentiu a recente crise.
Além disso, observa Coelho, a
cobrança de dívidas privadas e a
renegociação das referentes ao setor público tiveram impacto positivo sobre a arrecadação.
No setor público, explica, a vinculação de receitas força o pagamento em dia do FGTS, sob pena
de prefeituras, por exemplo, terem
bloqueados os repasses federais
dos fundos de participação.
(GJC)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|