DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O percentual de cargas transportadas por caminhões sofreu uma queda em relação à década de 70, de acordo com estudo da Geipot (Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes).
De acordo com o Anuário Estatístico dos Transportes, publicado pela Geipot, os caminhoneiros chegaram a deter 72% do total de cargas transportadas em 1972.
Nos últimos cinco anos, esse percentual tem ficado em torno de 60%. Em 1999, último número disponível na Geipot, o percentual era de 61,82%.
Em contrapartida, a quantidade de carga transportada por trens, barcos e balsas tem aumentado desde a década de 70.
Em 1972, os trens transportavam 15,8% das cargas. Nessa mesma época, o transporte por barcos e balsas representava 10,3% das cargas. Apesar de a quantidade de carga transportada por caminhões ter diminuído, a situação já foi pior para os caminhoneiros.
Em 1985, ficaram com apenas 53,6% das cargas. Naquele ano, trens, barcos e balsas transportaram, juntos, 41,9% das cargas.
Segundo o governo, o número de caminhoneiros autônomos aumentou em relação à quantidade de carga a ser transportada.
Dados apresentados pela comissão permanente de negociação dos caminhoneiros mostram que, para cada carga a ser transportada, existem cerca de 2,4 caminhoneiros.
Para o governo, as reivindicações que causaram o último impasse -liberação de pedágio e criação de uma tabela de frete- são reflexos da perda de mercado e do consequente aumento da competição dentro da categoria.
(HUMBERTO MEDINA)


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