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Para empresas, modificações elevam custos
ARTHUR PEREIRA FILHO
da Reportagem Local
As modificações propostas para
o projeto de lei que regulamenta
os planos de saúde vão "aumentar violentamente" os custos das
empresas do setor.
A avaliação é de Arlindo de Almeida, presidente da Abramge, a
associação que representa as empresas de medicina de grupo. A
entidade é contra as alterações.
Para Almeida, o projeto -que
aguarda votação no Senado- deve ser aprovado sem mudanças.
"O projeto já foi muito discutido. Ele é aceitável, embora exija
um grande esforço de adaptação
das empresas", diz.
O presidente da Abramge critica
todos os pontos de negociação
com o governo apresentados pelo
relator do projeto, senador Sebastião Rocha (PDT-AM). "Se essas
propostas forem aprovadas, os
custos vão aumentar e as empresas terão argumentos para justificar elevação de preços", afirma
Almeida.
A inclusão dos transplantes de
órgãos -sem exceções- nos planos de referência pode provocar o
"fechamento das empresas menores" e "uma pressão de custos
tão grande que pode afastar os
clientes por falta de condições de
pagamento", afirma Almeida.
Evitar fraudes
Segundo o presidente da
Abramge, os planos de saúde estabelecem prazo de carência de três
dias para o atendimento de urgências para evitar "fraudes" contra
as empresas. "Se essa carência for
extinta, muita gente vai querer
vender plano de saúde na UTI."
A Abramge, diz Almeida, não é
contra a criação de novas regras
para os planos de saúde, mas quer
primeiro que o projeto atual vire
lei e seja aplicado. "É preciso ver
como funciona, para saber quais
são as modificações necessárias."
A entidade não se opõe à proposta do ministro José Serra (Saúde) de colocar o Conselho Nacional de Saúde Suplementar, a ser
criado, sob a coordenação do Ministério da Saúde.
Apesar disso, as empresas de
medicina de grupo avaliam que a
Susep (Superintendência de Seguros Privados) deve ter uma participação ativa na fiscalização do setor. "O Ministério da Saúde não
tem experiência suficiente na
área", diz Almeida.
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