São Paulo, quinta, 30 de abril de 1998

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Marketing marca trajetória fulminante

da Reportagem Local

A trajetória do Excel Econômico foi meteórica, durou apenas dois anos. Após meses de negociações com o Banco Central, em abril de 96 foi anunciado que o Excel assumiria o Econômico.
Em maio do mesmo ano, o novo banco abriu as portas fazendo muito barulho. O lançamento da marca contou com grande investimento em mídia e produtos.
Na época, o banqueiro Ezequiel Nasser gostava de desafiar os mamutes do sistema financeiro, como Bradesco e Itaú, dizendo que, em poucos anos, ocuparia uma posição de liderança.
Para tentar popularizar o banco, Nasser deu início a uma estratégia agressiva de marketing.
Em 97, o banco ingressou no patrocínio de grandes clubes de futebol. Primeiro foi o paulista Corinthians, depois o Vitória da Bahia e o América de Minas Gerais. Milhões foram gastos para colocar o nome do banco nas camisas dos clubes, para comprar passes de jogadores e até para pagar os salários dos atletas.
Paralelamente, o banco lançou produtos considerados agressivos pela concorrência, como um cheque especial que dá 12 dias sem juros e uma plano de previdência isento de taxa de administração.
Durante os dois anos de sua existência, o Excel deu sinais de crescimento, mas não foi o suficiente para enfrentar a concorrência cada vez mais acirrada do sistema financeiro, que começou a sofrer uma verdadeira invasão de grandes instituições estrangeiras.
Há uma semana, Nasser disse à Folha que os bancos brasileiros não ficariam imunes às megafusões que estavam acontecendo nos Estados Unidos.




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