São Paulo, quinta-feira, 30 de maio de 2002

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Lavagna é vítima de boatos de renúncia

DE BUENOS AIRES

O ministro da Economia, Roberto Lavagna, foi ontem a nova vítima da onda de boatos sobre a renúncia de membros do governo argentino. No final da noite, o governo negou a saída do ministro.
Segundo os boatos, Lavagna estaria descontente pela falta de apoio do presidente Eduardo Duhalde ao plano que reduz as restrições bancárias do curralzinho, que também havia sido rechaçado pelos banqueiros estrangeiros.
O ponto de discórdia estava no fato de Lavagna oferecer bônus optativos aos correntistas, o que, para os banqueiros, atrairia só 30% dos depositantes. Os outros 70% optariam por receber os depósitos em dinheiro em até três anos e segundo o cronograma estabelecido em fevereiro.
Mesmo assim, Lavagna levou seu plano na segunda a Duhalde, que, temendo a quebradeira de bancos, teria aconselhado o ministro a conseguir primeiro consenso com os banqueiros. Descontente com a falta de apoio, Lavagna teria ameaçado renunciar.
Mas o secretário-geral da Presidência, Aníbal Fernández, disse, à noite, que Lavagna ficaria e garantiu que Duhalde assinaria o decreto para reduzir as restrições do curralzinho até sábado. (JS)


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