|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRATAMENTO DE CHOQUE
Governo quer, a partir de 2005, comprar de geradora que oferecer menor preço ao consumidor
Nova regra manterá contratos, diz governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Preocupado com a imagem de
eventual quebrador de contratos,
disseminada pelos opositores durante as eleições do ano passado,
o PT no poder quer dar todas as
garantias de estabilidade nos
acordos firmados. Esse é o norte
do novo modelo do setor elétrico
em fase final de elaboração pelo
Ministério de Minas e Energia.
Outra diretriz é o planejamento.
Partindo da premissa de que o racionamento poderia ter sido evitado, os técnicos petistas fixaram
obrigações para todos os atores
do setor, de modo que qualquer
alteração, na demanda ou na oferta de energia, seja conhecida com
cinco anos de antecedência. Isso,
alega o ministério, representa segurança para investimento de geradoras, prestação de serviços por
distribuidoras e garantia de atendimento aos consumidores.
Segundo normas do governo
passado, todos os contratos de
compra de energia feitos pelas
distribuidoras terminariam em
dezembro de 2005. A geração voltaria a ser comprada em leilões.
O PT quer alterar isso, para contratos com normas claras e de
longo prazo.
Antes, vencia o leilão quem oferecesse o maior valor para explorar determinado local. No modelo
petista, estará mais habilitada a
geradora que conseguir propor
um preço menor ao consumidor.
O consumidor terá de esperar
os futuros contratos para ter certeza das regras e o que irá acontecer para seu bolso. O reajuste das
tarifas deve ser feito por meio de
índice próprio do setor, já em uso
pela Aneel.
(ID)
Texto Anterior: Consumidor vai perder, diz associação Próximo Texto: Opinião econômica: O fetiche do dinheiro Índice
|