|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESTUDO
Segundo a Anabb, só dessa forma instituições terão maior rentabilidade
Bancos federais devem se expandir
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um estudo encomendado pela
Anabb (Associação Nacional dos
Funcionários do Banco do Brasil)
ao professor da USP, Alberto Borges Martins, conclui que os cinco
bancos federais devem se expandir para terem maior rentabilidade e poderem aumentar os recursos destinados para políticas públicas.
Nesse cenário, porém, tanto a
Caixa Econômica Federal quanto
o Banco do Brasil precisariam de
aportes de capital do Tesouro Nacional, que controla as duas instituições.
Martins, que é sócio da consultoria Austin Asis, disse que o relatório do consórcio Booz-Allen &
Hamilton/Fipe -encomendado
pelo governo sobre os bancos federais- não tem "sustentação
científica".
O relatório, divulgado em junho, traça vários cenários para o
futuro dos bancos federais (Caixa,
BB, BNDES, Banco da Amazônia
e Banco do Nordeste), mas tem
uma visão crítica sobre a ingerência governamental em bancos que
precisam dar lucro para sobreviver. Uma das sugestões apontadas
pelo relatório é a extinção desses
bancos.
Despesas
Segundo Martins, o relatório
afirma que as despesas (administrativas e de pessoal) dos bancos
federais são maiores que as de um
grupo com quatro bancos privados (Itaú, Bradesco, Real e Unibanco). "Mas o relatório calcula
isso em relação aos resultados dos
bancos e não em relação às suas
receitas, como é o correto", disse.
Pelos cálculos do professor, as
despesas dos bancos federais foram menores que as dos bancos
privados entre 98 e 99.
O relatório da Booz-Allen também diz que os bancos federais
poderão apresentar um prejuízo
de R$ 1,3 bilhão entre 2003 e 2005.
"O conceito de resultado operacional trabalhado pelo relatório
não existe", disse Martins.
O governo gastou R$ 9 milhões
com o relatório da Booz-Allen. A
consultoria não retornou um
contato feito pela Folha e o Ministério da Fazenda não quis comentar as críticas.
O governo ainda não tomou nenhuma decisão sobre o futuro dos
bancos federais.
Texto Anterior: Opinião econômica - Antonio Barros de Castro: País-laboratório Próximo Texto: Panorâmica: STJ assegura isenção de tributo Índice
|