|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELECOMUNICAÇÕES
Decisão a favor foi por dois votos a um
Justiça Federal no RS autoriza a venda da CRT para a Brasil Telecom
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto
Alegre (Rio Grande do Sul), autorizou ontem, por dois votos a um,
a transferência do controle acionário da CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações)
do consórcio Tele Brasil Sul, liderado pela Telefônica, para a Brasil
Telecom.
A transação havia sido bloqueada pelo juiz Amaury Chaves de
Athayde, no último dia 4, mesmo
dia em que a Brasil Telecom efetuara o pagamento de US$ 800
milhões pela aquisição de 85,2%
do capital votante da CRT.
Os outros dois juízes da 4ª Turma, Valdemar Capeletti e Edgard
Lippmann, tiveram entendimento contrário ao de Athayde, apreciando recursos da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), da Procuradoria Regional
da União e do consórcio Brasil
Telecom.
O julgamento de ontem restabeleceu a decisão da juíza da 6ª
Vara Federal em Porto Alegre,
Ana Inês Algorta Latorre, que, no
dia 24 de julho, havia liberado a
venda da CRT.
Amparada na atual decisão, a
Brasil Telecom poderá assumir
hoje o controle da CRT. A Anatel
deve decidir quando levantará a
intervenção a que a CRT está submetida desde junho.
O governo gaúcho (acionista
minoritário), que é contra a venda
da empresa, aguardará o julgamento do mérito de duas ações
sobre a questão.
Membros do Executivo têm dito que a Telefônica reduziu os investimentos na telefonia fixa da
CRT e reforçou a aplicação de recursos na telefonia celular. O governo acha que a intervenção poderia esclarecer essa situação.
A Telefônica foi forçada por lei a
se desfazer da CRT por ter adquirido a telefonia fixa da Telesp.
"Mais uma vez, ficamos convencidos de que temos tomado
atitudes absolutamente coerentes
com a Justiça brasileira", comentou Renato Guerreiro, presidente
da Anatel, por meio de nota oficial distribuída pela assessoria de
imprensa da agência.
Colaborou a Sucursal de Brasília
Texto Anterior: Eletrônicos: Concordata é aceita, e Sharp ganha fôlego Próximo Texto: Supermercados: Grandes redes anunciam megapromoção Índice
|