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SAÚDE
Reunião da OMC será retomada
Divergências adiam acordo sobre genéricos
DA REDAÇÃO
O Conselho Geral da OMC (Organização Mundial do Comércio)
decidiu, na madrugada de ontem,
em Genebra, adiar sua decisão sobre um acordo que facilita o acesso de países pobres a medicamentos genéricos em casos de crise de
saúde pública provocados por
doenças contagiosas, como Aids
ou malária. O acordo havia sido
aprovado pelo corpo principal da
organização horas antes.
Negociadores disseram que,
nos últimos minutos, pedidos da
Argentina, das Filipinas e de vários outros países para se pronunciar sobre interpretações do acordo antes da aprovação final da
OMC adiaram o que, esperava-se,
seria apenas um carimbo final. Os
trabalhos foram suspensos para
dar tempo para mais consultas e
devem ser retomados hoje de manhã. "Não há acordo. São necessárias mais consultas", afirmou
Keith Rockwell, porta-voz da
OMC.
Se o acordo fracassar, pode trazer mais problemas para a reunião ministerial da entidade, que
deve ocorrer no próximo mês, em
Cancún (México). Negociadores
temem que o assunto contamine
outras questões e dizem que o
tempo da reunião, de cinco dias,
pode ser curto.
Brasil, Índia, Estados Unidos,
Quênia e África do Sul haviam
chegado a um consenso sobre a
questão na quarta-feira. O tema é
espinhoso porque os Estados
Unidos temem que o acordo seja
muito abrangente e que prejudique a indústria farmacêutica, ao
desrespeitar as patentes.
Segundo Rockwell, o diretor-geral da OMC, Supachai Panitchpakdi, fez um apelo em prol dos
países africanos, que sofrem com
epidemias e não têm dinheiro
nem para produzir nem para importar genéricos e disse que a credibilidade da OMC estava em jogo. De acordo com o porta-voz, o
diretor-geral da OMC teria dito:
"Não se esqueçam de que o ponto
principal deste exercício era principalmente ajudar a África".
Com agências internacionais
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