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São Paulo, sábado, 30 de agosto de 2003

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APLICAÇÕES

Rendimento da Bovespa em agosto não impede saques em fundos de ações

Bolsa sobe 11,8% e lidera ranking

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O investidor que decidiu apostar no mercado acionário em agosto se deu bem. A Bolsa de Valores de São Paulo subiu 11,8%, o melhor mês desde outubro do ano passado.
Apesar de não haver ficado no vermelho, quem aplicou no dólar teve o rendimento mais tímido do mês. A moeda norte-americana subiu apenas 0,34% no período.
Mesmo com o bom desempenho, os saques nos fundos de ações superaram as aplicações em R$ 107 milhões, até o último dia 25, de acordo com a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).
"Para quem não entrou no mercado acionário até o momento, o melhor é esperar um pouco. A Bolsa subiu muito depressa e está em um nível perigoso, pronta para uma realização de lucros", afirma Eduardo Fornazier, gestor da Santos Asset Management.
Analistas apontam dois motivos importantes para a forte alta da Bovespa no mês: a redução da Selic (taxa básica de juros) de 24,5% para 22% e os resultados positivos registrados por empresas e bancos no primeiro semestre do ano.
Apesar do corte da taxa básica na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), as aplicações que acompanham as variações dos juros ainda tiveram bom desempenho.
Os fundos DI -que têm como parâmetro as taxas das operações entre bancos- renderam, na média, 1,77% em agosto. Já o CDB (Certificado de Depósito Bancário) para grande investidor deu em média 1,79%.
Para quem quis arriscar menos, a caderneta de poupança rendeu 0,91% no período.

Retornos diferentes
O retorno para quem aplica em ações varia bastante de acordo com os papéis que formam os fundos. Uma carteira setorial que segue o IEE -índice das empresas de energia elétrica- rendeu mais que o Ibovespa e alcançou 15,4% em agosto. O Itelecom, que acompanha as ações de empresas de telefonia, teve rentabilidade de 12,8% no mês.
No ano, uma carteira teórica igual ao Ibovespa -índice que segue a oscilação das 54 ações mais negociadas- tem a melhor rentabilidade do mercado, com ganho acumulado de 34,66%.
O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado, da Fundação Getúlio Vargas) alcançou 0,38% no mês.


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