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APLICAÇÕES
Rendimento da Bovespa em agosto não impede saques em fundos de ações
Bolsa sobe 11,8% e lidera ranking
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O investidor que decidiu apostar no mercado acionário em
agosto se deu bem. A Bolsa de Valores de São Paulo subiu 11,8%, o
melhor mês desde outubro do
ano passado.
Apesar de não haver ficado no
vermelho, quem aplicou no dólar
teve o rendimento mais tímido do
mês. A moeda norte-americana
subiu apenas 0,34% no período.
Mesmo com o bom desempenho, os saques nos fundos de
ações superaram as aplicações em
R$ 107 milhões, até o último dia
25, de acordo com a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).
"Para quem não entrou no mercado acionário até o momento, o
melhor é esperar um pouco. A
Bolsa subiu muito depressa e está
em um nível perigoso, pronta para uma realização de lucros", afirma Eduardo Fornazier, gestor da
Santos Asset Management.
Analistas apontam dois motivos importantes para a forte alta
da Bovespa no mês: a redução da
Selic (taxa básica de juros) de
24,5% para 22% e os resultados
positivos registrados por empresas e bancos no primeiro semestre
do ano.
Apesar do corte da taxa básica
na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), as
aplicações que acompanham as
variações dos juros ainda tiveram
bom desempenho.
Os fundos DI -que têm como
parâmetro as taxas das operações
entre bancos- renderam, na média, 1,77% em agosto. Já o CDB
(Certificado de Depósito Bancário) para grande investidor deu
em média 1,79%.
Para quem quis arriscar menos,
a caderneta de poupança rendeu
0,91% no período.
Retornos diferentes
O retorno para quem aplica em
ações varia bastante de acordo
com os papéis que formam os
fundos. Uma carteira setorial que
segue o IEE -índice das empresas de energia elétrica- rendeu
mais que o Ibovespa e alcançou
15,4% em agosto. O Itelecom, que
acompanha as ações de empresas
de telefonia, teve rentabilidade de
12,8% no mês.
No ano, uma carteira teórica
igual ao Ibovespa -índice que
segue a oscilação das 54 ações
mais negociadas- tem a melhor
rentabilidade do mercado, com
ganho acumulado de 34,66%.
O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado, da Fundação Getúlio Vargas) alcançou 0,38% no
mês.
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