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CVM mantém decisão para oferta de ação da Arcelor
Papéis da brasileira sobem 3,61% com recomendação
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
As áreas técnicas da CVM
(Comissão de Valores Mobiliários) decidiram manter a recomendação de que a Mittal faça
uma oferta pública de ações da
Arcelor. Com a decisão, as
ações da Arcelor subiram
3,61%, cotadas a R$ 37,31, em
dia de baixa na Bovespa.
O recurso apresentado pela
Mittal foi encaminhado ao colegiado da CVM. O relator da
matéria será o diretor Wladimir Castelo Branco.
O relator vai analisar a documentação apresentada e elaborar o seu voto. Um colegiado
formado por cinco integrantes
da autarquia decide então se
acompanha ou não o voto do
relator.
Segundo Guilherme Marins,
da corretora Ativa, a notícia
trouxe efeito positivo para os
papéis da siderúrgica. "As
chances de não ocorrer uma
oferta pública ficaram menores. Agora só falta uma instância na esfera administrativa,
que é o colegiado", disse.
O custo adicional da realização da oferta pública é estimado em US$ 5 bilhões. O dono da
Mittal, Lakshmi Mittal, esteve
recentemente no Brasil. Ele
evitou comentar se aceitaria
realizar a oferta pública ou se
pretende recorrer à Justiça caso perca a batalha na CVM.
O terceiro homem mais rico
do mundo teve encontros com
o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, com o presidente da
CVM, Marcelo Trindade, e com
o presidente do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), Demian
Fiocca.
A CVM avalia que houve mudança de controle e que a oferta
da Mittal constitui uma aquisição. Dessa forma, a Mittal deve
respeitar o princípio do "tag
along", segundo o qual o direito
do controlador se estende aos
minoritários.
A Arcelor entende que a oferta constitui uma fusão e que
não há obrigação de realizar
oferta pública para compra dos
papéis dos minoritários, que
representam 34% do capital da
Arcelor Brasil.
A Mittal Steel anunciou em
junho a união com a Arcelor,
segunda maior produtora de
aço do mundo, após cinco meses de negociação. A Arcelor
Brasil é resultado da união da
Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, da CST e da Vega do
Sul.
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