São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 2006 |
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Vaivém das commodities PÉ NO FREIO As políticas públicas de governo voltadas para a agricultura diminuíram nos últimos 20 anos. Além disso, o governo gasta cada vez mais com políticas dirigidas a grupos específicos -socorro a produtores endividados, assentamentos etc.- e corta verbas para pesquisas e para defesa sanitária. MENOS RECURSOS Essas são algumas das conclusões de estudo do Icone e do Ibmec, feito por Marcos Jank, Fabio Chaddad e Sidney Nakahodo. O estudo mostra que os gastos médios anuais com políticas agrícola e agrária caíram de R$ 20,9 bilhões de 1985 a 1989 para R$ 10,7 bilhões de 2003 a 2005. No governo Sarney, eram 5% dos gastos totais da União. Nos três primeiros anos do governo Lula, ficaram em 1,8%. PERDA DE PREÇO Além de recursos menores, os produtores convivem com o achatamento das margens de lucro da agricultura devido a mudanças no processo nas últimas décadas. A recuperação da renda dos agricultores passa por inserção maior dos produtores nas cadeias produtivas. INSERÇÃO Na visão dos autores, a inserção pode ser feita com maior oferta de bens públicos (como defesa sanitária), mecanismos de riscos (seguro rural), definição clara de contratos e avaliação dos programas de subsídios diretos, bem como posições mais agressivas em negociações comerciais. CAPACITAÇÃO TÉCNICA Os autores do estudo sugerem, ainda, programas de capacitação técnica e gerencial, além do desenvolvimento de um sistema nacional de certificação de qualidade e rastreabilidade de alimentos para auxiliar os produtores a agregar valor a seus produtos. EFEITOS NO BOLSO A menor safra de laranja das duas últimas décadas na Flórida (EUA) forçará a alta dos preços do suco para os consumidores, segundo o "New York Times". Bom para os produtores brasileiros, que devem receber mais pela laranja. ARROZ EM BAIXA O preço do arroz termina o mês em queda. Além dos estoques brasileiros, há oferta também de produto vindo da Argentina e do Uruguai. Na média, a saca do arroz em casca foi negociada a R$ 23,73 ontem no Rio Grande do Sul, com queda de 2,5% no mês. NOVA AMÉRICA O grupo Nova América inaugura hoje a expansão do Teaçu, o terminal no porto de Santos que, após investimentos de R$ 90 milhões, teve a capacidade de recepção expandida de 200 toneladas/hora para 1.800 toneladas, podendo receber produto de até seis vagões simultaneamente, segundo a Reuters. Texto Anterior: Serra e banco ameaçam a conta salário Próximo Texto: Famílias gastam 4% da renda com cultura Índice |
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