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Cultura leva apenas 0,2% do total de gastos públicos
Municípios são responsáveis por 55% das despesas, seguidos pelos Estados (32%) e a União (13%), segundo dados de 2003
São Paulo, Bahia e Rio são os Estados que mais aplicam no setor; Sudeste concentra investimentos municipais, com 63% do total
DA SUCURSAL DO RIO
Os gastos públicos em cultura em 2003, da ordem de R$ 2,3
bilhões, representaram só 0,2%
do total das despesas da administração pública federal, municipal e estadual. A maioria
desses gastos foi realizada pelos municípios, responsáveis
por 55% do total. Em seguida
vêm os Estados (32%) e, por último, o governo federal (13%).
No caso do governo federal, o
IBGE mostra que foi o Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional o órgão a mais
receber recursos, com o valor
de aproximadamente R$ 102
milhões. Em seguida aparecem
o próprio Ministério da Cultura
(R$ 91 milhões), a Fundação
Nacional das Artes (R$ 30 milhões), a Biblioteca Nacional
(R$ 28 milhões), a Agência Nacional de Cinema (R$ 19 milhões), a Fundação Rui Barbosa
(R$ 13 milhões) e a Fundação
Palmares (R$ 9,6 milhões).
No caso dos gastos estaduais,
o levantamento mostra que os
Estados que mais investiram
no setor foram São Paulo (28%
do total de investimentos estaduais em todo o Brasil), Bahia
(11%) e Rio de Janeiro (8,2%).
Em relação aos gastos municipais, chama a atenção o fato
de eles estarem extremamente
concentrados na região Sudeste, que responde sozinha por
63% dos recursos municipais
para a cultura em todo o Brasil.
Para o ministro Gilberto Gil,
esse peso maior do Sudeste nos
gastos municipais é conseqüência natural do fato de essa
região ter mais população e recursos econômicos e uma forte
atividade cultural. "Isso não é
prejudicial, mas saber disso nos
possibilita fazer ações de complementaridade e de ampliação
[dos investimentos] para todo o
território nacional", disse ele.
Gil também afirmou, no caso
dos recursos federais, que seu
ministério tem gastado com
eficiência os poucos recursos
que recebe. "Estamos preparados para receber mais recursos
e gastá-los com a mesma eficiência", disse ele.
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