DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, confirmou ontem que há medidas a serem anunciadas e outras já divulgadas que irão compor uma "cesta de fatores" para a promoção do crescimento. Ele não quis se referir, porém, ao conjunto de medidas como "pacote de crescimento".
"Eu acho que 45 dias é mais ou menos a perspectiva de a gente estar com o PPA (Plano Plurianual), estar com o Orçamento pronto. Não gosto muito da expressão pacote, mas são medidas importantes de clarificação que eu acho que estão a caminho", afirmou Levy.
Ele ressaltou a importância da definição do marco regulatório para alguns setores, que iria trazer de volta os investimentos, e da aprovação da nova Lei de Falências. Na sua avaliação, esses fatores vão levar ao crescimento.
"A responsabilidade do governo é criar um ambiente de segurança e dar instrumentos novos para adequação ao mundo atual."
Levy manteve a previsão de crescimento da economia neste ano em torno de 2% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto o BC prevê crescimento de 1,5%.
Segundo Levy, a política econômica tem de manter certa lógica e não é possível imaginar que, se a política tivesse sido outra, teria se evitado a desaceleração econômica, pois haveria inflação e a renda real sofreria queda maior.
"O desafio agora é dar clareza", afirmou. Levy destacou ações na área de regulamentação do setor de ferrovias, o que possibilitará, segundo ele, o aumento da produtividade das empresas.


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