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HABITAÇÃO
Linha de crédito deve ser lançada até outubro
Caixa vai retomar financiamento habitacional direto ao construtor
FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE
A Caixa Econômica Federal decidiu retomar o financiamento direto para as construtoras. Hoje,
somente o tomador final, ou seja,
o mutuário, é financiado pela instituição. A nova linha permitirá o
financiamento ao construtor de
até 100% do custo da obra.
A expectativa é que esses recursos sejam suficientes para financiar a construção de 8 mil unidades habitacionais em 2004. Essas
unidades -que serão comercializadas pelas construtoras- poderão ser financiadas para o comprador final com recursos do
FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço).
A nova linha passará a ser oferecida para as construtoras a partir
de outubro. Essa modalidade de
crédito direto para as construtoras está desativada desde 1994.
Segundo o presidente da Caixa,
Jorge Mattoso, a nova linha deverá ter um orçamento de R$ 360
milhões do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ao
ano. O orçamento de 2005 ainda
será definido pelo Conselho Curador do FGTS.
Para ter direito a esse crédito, o
construtor terá de vender 30% das
unidades do empreendimento.
Outra exigência é que a construtora abra uma SPE (sociedade de
propósito específico) para administrar o financiamento.
Para o presidente do Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria
da Construção Civil do Rio), Roberto Kaufmann, a linha só vai
funcionar se as regras de concessão de crédito forem alteradas.
"Não dá para exigir que a construtora tenha vendido previamente
30% das unidades. Essa exigência
vai limitar a eficácia da linha."
O prazo de pagamento para as
construtoras será de 60 meses,
com carência de 24 meses e amortização em até 36 meses. Os juros
serão de 10,16% ao ano.
Mutuário
Os interessados na compra de
um imóvel financiado com recursos do programa de apoio à produção terão encargos menores
durante a fase de construção.
Nesse período, o comprador
pagará somente os juros e a correção das parcelas. Hoje, além dos
juros, o mutuário também amortiza parte da dívida.
A mudança foi feita para beneficiar os mutuários que moram de
aluguel e têm de pagar a prestação
da casa e da locação.
O financiamento dos imóveis
construídos por meio do crédito
de apoio à produção será feito pelas mesmas regras do FGTS. Ou
seja, atenderá pessoas com renda
máxima mensal de R$ 4.500. A taxa de juros para o mutuário varia
de 6% a 10,16% ao mês mais TR
(Taxa Referencial) e o prazo de
pagamento pode chegar a 240
meses.
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