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INCERTEZA
Indicador responsável por dois terços do PIB sobe 0,8% em julho, mas rendimento tem a menor alta desde 2002
Consumo nos EUA volta a se recuperar
DA REDAÇÃO
Os gastos dos consumidores
americanos, que são responsáveis
por dois terços do PIB (Produto
Interno Bruto), voltaram a crescer
em julho, um sinal de que a perda
de fôlego da economia pode ter sido passageira. O indicador registrou um aumento de 0,8%, depois
da queda revisada de 0,2% em junho -originalmente, a retração
havia sido de 0,7%, então a maior
desde os atentados do 11 de Setembro, há três anos.
A divulgação dos números positivos pelo Departamento de Comércio, porém, foi acompanhada
por outro dado igualmente importante, que deixou apreensivos
os analistas: o rendimento, que sinaliza crescimento futuro, aumentou apenas 0,1%, a menor taxa desde agosto de 2002.
Sem a recuperação desse indicador, o consumo do americano
tenderá a enfraquecer novamente, afirmaram. "Está tudo bem
equilibrado, [mas] qualquer coisa
poderá causar um grande problema no momento atual", disse o
economista-chefe do ABN-Amro
nos EUA, Steve Richiuto.
Parte do consumo em julho foi
explicada pela expansão dos empréstimos, ainda um reflexo dos
baixos juros que então perduravam -a taxa básica ficou em 1%
ao ano de junho de 2003 ao mesmo mês de 2004, o menor patamar em 46 anos. Porém, com a
iminência de novos aumentos nas
taxas e o impacto do aumento da
gasolina, a recuperação do consumo poderá ter vida curta, ponderaram os economistas.
O Federal Reserve (o BC americano) já elevou os juros duas vezes desde junho, para 1,5% ao
ano. Os preços dos combustíveis,
na esteira das cotações recordes
do petróleo, se fizeram sentir ainda em junho, quando caíram as
vendas do setor automotivo. Só a
melhora do mercado de trabalho
poderá estender o fôlego da retomada, dizem os analistas, à espera
do dado de julho, que sai na sexta.
Com o "New York Times" e agências internacionais
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