São Paulo, Terça-feira, 31 de Agosto de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CAMINHONEIROS
Para a NTC, paralisação ocorreu em pontos isolados do país, sem afetar o transporte de cargas
Greve está pulverizada, diz transportador

FABIANA PEREIRA
da Agência Folha

A NTC (Associação Nacional do Transporte de Cargas), entidade representante das empresas transportadoras, classificou a paralisação de ontem dos motoristas de caminhão como um movimento bastante pulverizado.
A greve foi proposta pelo Sindicato da União Brasileira dos Caminhoneiros, com sede em Minas Gerais.
Segundo Silvio Patente, assessor da NTC, a entidade não recebeu reclamações dos empresários sobre prejuízos e escassez de caminhões como as que ocorreram na greve nacional de julho, quando o Movimento União Brasil Caminhoneiro praticamente parou o transporte de cargas no país por quatro dias consecutivos.
Os grevistas, segundo informações passadas por transportadoras à NTC, simplesmente pediram ao longo do dia para que os motoristas deslocassem seus caminhões para áreas de descanso em postos de gasolina ou pátios.
Na tarde de ontem, de acordo com a NTC, ocorreram protestos isolados em Minas Gerais, no Paraná e no Espírito Santo.
No Paraná, ocorreram paralisações em estradas nos municípios de Cascavel, Pato Branco, Medianeira e Céu Azul.

Nota
Em nota divulgada na Internet, no site da categoria (http://www.ntc.org.br/), e assinada pelo presidente Romeu Nerci Luft, a entidade diz que "julga totalmente impraticável o pleito de reajuste geral de 65,15% nos fretes" e defende que "num mercado livre e recessivo, não há a mínima condição de se conceder um aumento uniforme, geral e indiscriminado".
Além disso, a nota diz que a "reivindicação ignora negociações já em andamento dentro do grupo (formado por representantes dos caminhoneiros e do governo) que trata da pauta de reivindicações da última greve".

Ceagesp
A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo) informou ontem que a entrada de produtos no entreposto da capital paulista foi "absolutamente normal".
Segundo Stroessner Rodrigues, da gerência de entrepostos, a Ceagesp só é afetada a partir do terceiro dia consecutivo de uma greve geral dos transportes.


Colaborou a Reportagem Local


Texto Anterior: Crédito: Aparelho antiinadimplência provoca polêmica nos EUA
Próximo Texto: No PR, movimento caiu pela manhã
Índice

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.