WAGNER OLIVEIRA
da Agência Folha, em Curitiba

Caminhoneiros realizaram paralisações ontem em estradas dos municípios paranaenses de Cascavel, Pato Branco, Medianeira e Céu Azul. A Polícia Rodoviária não estimou o número de caminhoneiros que participaram do protesto. Não houve confusões.
A paralisação afetou o movimento em algumas estradas. Segundo a assessoria de imprensa da Ecovias, concessionária que administra parte da rodovia BR-277, o movimento caiu 60% no início da manhã no trecho que liga Curitiba ao litoral paranaense.
Segundo a empresa, o trânsito já estava normalizado no começo da tarde. Em vez de piquetes, a proposta de lideranças de caminhoneiros de Minas Gerais e São Paulo, que organizaram o protesto, era que os motoristas de caminhões permanecessem em casa, ontem.
A nova greve foi planejada há três semanas, quando o governo contrariou parte da categoria ao praticar reajuste de 5% no preço do óleo diesel.
O presidente do Sindicam (Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Paraná), Diumar Cunha Bueno, criticou as entidades de São Paulo e Minas que organizaram o movimento.
Ele disse que o momento não é ideal para paralisação nas estradas. Para ele, o anúncio de novas paralisações pode complicar as negociações com o governo.

Minas Gerais
Uma tentativa de paralisar os caminhoneiros perto de Governador Valadares (350 km a leste de Belo Horizonte) fracassou na tarde de ontem.
Entre 11h e 15h, o piquete conseguiu que cerca de 200 caminhões estacionassem no pátio de um posto de gasolina no km 319 da BR-116 (rodovia Rio-Bahia).
Segundo a Polícia Rodoviária, não houve bloqueio da pista da rodovia Rio-Bahia e o trânsito fluiu normalmente.
A falta de informações sobre o movimento no resto do país, porém, provocou insatisfação dos motoristas e, por volta de 15h, eles voltaram a circular.
A Polícia Rodoviária informou que não registrou outros protestos nas rodovias de Minas Gerais.


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