São Paulo, Terça-feira, 31 de Agosto de 1999
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Transporte de areia foi o mais efetado

da Folha Vale

A greve convocada pela Unicam no Vale do Paraíba teve adesão apenas dos motoristas que trabalham no setor de transporte de areia e não atingiu o objetivo principal, que era esvaziar as rodovias.
De acordo com a entidade, 99% dos cerca de 2.000 caminhoneiros de areia não circularam pela via Dutra no trecho do Vale do Paraíba. O vice-presidente da Unicam, Tarcizio Valadão, disse que a paralisação teve adesão de 80% dos caminhoneiros de outros setores.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal em São José, a redução do movimento de caminhões foi de cerca de 50%.
Segundo a NovaDutra, empresa que explora a concessão da rodovia, dos cerca de 80 mil veículos que passam diariamente no trecho, 45% são de caminhões. A empresa não faz a contagem de caminhões que passam diariamente pela região.
A paralisação foi organizada pela Unicam para exigir o cumprimento de 13 reivindicações.
Quatro entre cinco caminhoneiros ouvidos pela Folha ontem afirmaram ter conhecimento de uma paralisação programada para amanhã.
"Eu estava sabendo sobre a paralisação do dia 1º, mas alguns colegas comentaram comigo sobre a de hoje (ontem). Se tiver de parar, eu paro", disse Alfredo dos Reis de Oliveira, que transporta combustível.
"Devemos considerar também que hoje é o primeiro dia de nossa greve. A tendência é que a adesão aumente gradativamente", afirmou Valadão.
Eles estabeleceram um posto de combustível na altura de Guararema como local para fiscalizar a adesão ao movimento. A ordem era para que os motoristas ficassem em casa e não bloqueassem as rodovias. Cerca de 20 unidades móveis dos caminhoneiros foram destacadas para circular pela Dutra para acompanhar a paralisação.
O presidente do Sindareia (Sindicato das Indústrias de Extração de Areia do Estado de São Paulo), Clóvis Gondim Moscoso, não foi encontrado ontem pela Folha para comentar a paralisação.



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