DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo reviu para cima, mais uma vez, a expectativa de superávit comercial para este ano. O ministro Sergio Amaral (Desenvolvimento) anunciou ontem que espera que as exportações superem as importações em US$ 11 bilhões. A estimativa anterior era de US$ 10 bilhões.
"Como sempre, essa é uma estimativa prudente, é possível que o saldo comercial passe dos US$ 11 bilhões", disse Amaral.
Ontem, o ministro divulgou os números mais recentes da balança comercial, que incluem as importações e exportações feitas até a terça. O superávit acumulado no ano é de US$ 9,912 bilhões. Nos dois primeiros dias desta semana, o país exportou US$ 157 milhões a mais que importou.
No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo comercial brasileiro é de US$ 11,005 bilhões. A última vez que Brasil conseguiu resultados similares foi em 1994, ano em que o Plano Real foi lançado. Naquele ano, o superávit foi de US$ 10,466 bilhões.
Segundo o ministro, as exportações brasileiras, em volume, estão crescendo mais rápido que o comércio mundial. A quantidade de produtos exportados pelo Brasil cresceu 3,5%, enquanto o comércio mundial cresceu apenas 1%. Isso significa que o Brasil está conquistando mercado de outros países.
O resultado da balança deste ano é muito mais fruto da queda das importações que do aumento das exportações. São três as razões que explicam um desempenho tímido das vendas brasileiras. A primeira é o baixo ritmo de crescimento do comércio mundial, devido à crise nos principais países.
A queda de 58% das vendas brasileiras para a Argentina, um dos principais parceiros do país, também contribuiu para o resultado. A crise mundial também afetou os preços dos produtos exportados pelo Brasil. De acordo com Amaral, se os preços estivessem no mesmo patamar que os do ano passado, o país teria recebido US$ 5,5 bilhões a mais pelas suas vendas. De janeiro até o dia 29 de outubro, o país exportou US$ 49,435 bilhões.


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