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Poucas empresas prevêem repor
perda total com inflação em 2003
DA REPORTAGEM LOCAL
De que forma as empresas pretendem lidar com os reajustes salariais em 2003? Segundo um estudo realizado pela consultoria
Hewitt, a possibilidade de reajustes que reponham a inflação varia
conforme a data-base.
Das empresas cujos acordos já
vencem no primeiro semestre do
ano, dois terços esperam reposição próxima à inflação, enquanto
o restante prevê acordos um pouco abaixo desse índice.
Já entre as firmas com acordos
no segundo semestre (que concentram categorias como bancários, metalúrgicos, químicos e farmacêuticos), o percentual das que
acreditam que irão reajustar abaixo da inflação sobe para 40%.
"Foi um comportamento atípico e nos chamou a atenção. A impressão é de que se teme a pressão
dos sindicatos, motivados pelo
governo Lula", diz a sócia-diretora Andréa Huggard-Caine Heti.
Ela afirma que a maioria das
empresas está "realmente preocupada com o fator inflação". "Muitas reviram seus índices após a inflação registrada no final do ano."
A pesquisa revela que 37% das
companhias entrevistadas aumentaram suas projeções de inflação para 2003. Manter a projeção original foi a decisão tomada
por 7% delas, enquanto 17% estudam novo índice e 37% ainda não
fizeram nenhuma revisão.
Com os valores revistos, a nova
projeção média de inflação ficou
em 8,4%, superando os 7,4% previstos antes das eleições.
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