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São Paulo, domingo, 13 de julho de 2003

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MIL VAGAS

Autonomia, agilidade e contato global sem ter de mudar de país são os atrativos das empresas nacionais

Gigantes locais seduzem com pacote misto de oportunidades

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Se a globalização trouxe benefícios, muitos deles foram colhidos por profissionais que optaram por fazer carreira nas grandes empresas nacionais. A imagem de "provincianismo" foi deixada de lado quando competir de igual para igual, tanto no mercado interno como no externo, virou questão de sobrevivência das verdes-amarelas.
As multinacionais estrangeiras passaram a procurar talentos que entendessem da cultura local, e as nacionais perceberam que era a hora de valorizar o capital humano, oferecendo melhores salários, benefícios ou programas de qualidade de vida, por exemplo.
"Hoje a gestão do negócio é moderna, houve uma mudança de visão e de pensamento estratégico", diz Laís Passarelli, sócia-diretora da Passarelli Consultores. "São empresas com atitude de multinacional e com produtos competitivos. Esse fato, aliado à agilidade que têm, significa desenvolvimento real para os funcionários."
Fernando Ikedo, 30, formou-se em 1996 em engenharia eletrônica pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e conta que recebeu, de cara, três convites: dois de multinacionais japonesas do segmento de telecomunicações e um outro da Embraer.
Ikedo diz que analisou os perfis. A brasileira, em 2002, ficou em segundo lugar entre as maiores exportadoras do país (total de US$ 2,4 bilhões) e é a quarta maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo.
"Não tive dúvidas. Sempre fui fascinado pela aviação, e trabalhar na Embraer era a realização de um sonho", afirma. O salário inicial das outras era mais atraente, mas o mercado de telecomunicações, que estava superaquecido naquele momento, não o atraía tanto. "Foi uma escolha consciente. Tenho um plano de saúde diferenciado, participação nos lucros, qualidade de vida e viagens frequentes", resume.
Atrair talentos não tem sido difícil, segundo Maria Aparecida Fonseca, diretora de RH do Grupo Pão de Açúcar. "Quem está numa múlti e quer crescer sabe que isso implica mudar de país, e não são todos que querem isso. É possível ficar aqui e manter contato com o que vem sendo feito no exterior", diz.
Rosana Nardy Balote, da Unimed Brasil, concorda: "Quem vem de múltis elogia a facilidade de pôr idéias em prática, a autonomia e a flexibilidade que oferecemos". (PL)


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