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ELÉTRICA
Sociedade da informação ajudou a "esquentar" carreira
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Como todo bom profissional da
carreira, um engenheiro elétrico
tem curiosidade de saber como e
por que as coisas funcionam. Nesse caso, a fome de saber pode estar
ligada a uma instalação elétrica, a
um sistema de telefonia ou às telecomunicações, por exemplo.
Uma das carreiras com maior
gama de possibilidades entre as
engenharias, a habilitação em elétrica forma profissionais para
projetar, construir e usar equipamentos elétricos e eletrônicos.
São cinco ênfases diferentes. No
caso da Escola Politécnica da USP,
por exemplo, a ênfase em telecomunicações habilita para fazer
transferências de informações e
ligação entre cidades, operadores
e fabricantes. Automação e controle direciona para todas as grandes indústrias, linhas de montagem e automação fabril.
Já computação e sistemas está
relacionada a softwares e sistemas
computacionais. A ênfase em
energia e automação capacita para prestar serviços de distribuição
ou para concessionárias de energia. A habilitação em sistemas eletrônicos, por fim, é um curso novo, que pretende abordar todas as
anteriores, não oferecendo, assim, uma especialização.
Fatos relativamente recentes esquentaram áreas da carreira. A
criação das agências reguladoras
de energia e telecomunicações e a
privatização do sistema de telefonia elevaram a demanda de trabalho. Outro fator: "Nossa sociedade está se tornando uma sociedade de informação, surgem novos
serviços, como a compra e a reserva de passagens e acesso a bancos
on-line", diz o coordenador do
curso de telecomunicações da Poli, Paul Jean Etienne Jeszensky, 56.
A Unicamp oferece as cinco ênfases, denominadas eletrotécnica,
eletrônica, automação, informática e telecomunicações. "Todos esses campos de atuação são de extrema importância. A tecnologia
se desenvolveu tão vertiginosamente que se tornou ferramenta
obrigatória, da concepção à execução de um projeto", afirma Basílio Ernesto de Almeida Milani,
55, coordenador do curso de engenharia elétrica da Unicamp.
Exercer todas as engenharias requer gosto e, ao mesmo tempo,
desenvoltura com as ciências exatas. "É interessante gostar de trabalhos manuais, ter habilidade
para construir coisas e aquele espírito de "desmontar para ver como funciona". Na vida profissional, ter capacidade para analisar
coisas sob a perspectiva de números, porcentagens e gráficos",
ilustra Arnaldo Pereira da Silva,
68, coordenador da Câmara Especializada de Elétrica do Crea-SP
(Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).
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