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Esqueça as fórmulas mágicas. Segundo os especialistas, não existem receitas para "desenferrujar" um idioma. "A recuperação do conteúdo aprendido e a manutenção do idioma não são méritos do instrumento, mas, fundamentalmente, da pessoa e de sua determinação para isso", pondera Maximina Freire, presidente da Alab (Associação de Linguística Aplicada do Brasil).
De acordo com ela, a pessoa que quer desenvolver ou recuperar sua proficiência linguística tem de, antes de tudo, procurar oportunidades de exposição ao idioma. "Se não for uma decisão individual, de nada adiantarão instrumentos e recursos sofisticados e de última geração", afirma.
Para Freire, já não basta ser comunicativo, se a comunicação for descontextualizada, distanciada da realidade. Por esse motivo, para aprender um idioma é preciso interagir e se expressar através dele, vivenciando situações reais.

Mapa da mina
A ciência já permite, em termos de localização, ir muito além da simples divisão do cérebro em hemisférios direito e esquerdo. Equipamentos sofisticados são capazes de mapear as diferentes partes do cérebro envolvidas com diversos aspectos da linguagem.
Mas, segundo Vilson Leffa, professor de linguística aplicada na Universidade Católica de Pelotas (RS), o que sabemos com segurança termina aí. "Podemos ver onde as coisas acontecem, mas temos dificuldade em descobrir como elas acontecem", explica.
Por isso é tão difícil formular uma teoria sobre como atualizar um idioma. Algumas dicas, no entanto, ajudam os mais disciplinados (veja quadro ao lado).
A tradutora e intérprete Ana Teresinha Passarela tem sua receita para "desenferrujar" e manter uma língua estrangeira na mente: "Assisto a vídeos, filmes e programas de TV paga. Isso realmente "abre" o ouvido". (RGV)


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