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Estudantes que vão prestar vestibular, camareiras de hotéis e candidatos a vagas em doutorado têm ao menos um ponto em comum: todos precisam de algum conhecimento em um idioma estrangeiro, mas não há a necessidade imediata de ser um exímio falante para atingir os objetivos.
Os cursos instrumentais visam atender a esse tipo de aluno, dando a ele condições de compreender um texto ou de manter um contato breve em uma língua que ainda não domina. A diferença em relação aos cursos regulares é que, no instrumental, uma habilidade específica será priorizada.
"A duração é menor, e há um foco estritamente definido. São feitas análises de situações que o aluno vai enfrentar", explica Fernanda Damigo, coordenadora pedagógica da Seven Idiomas.
Antón Míguez, professor de espanhol particular e da faculdade de comunicação Cásper Líbero, ressalva que não são todos os professores que vêem eficácia no formato. "Creio que sejam válidos, desde que seus objetivos estejam muito claros, tanto para os professores como para os alunos."
Basicamente, há dois tipos de curso instrumental: os que só instruem os alunos na interpretação de textos e os que trabalham as expressões mais usadas no dia-a-dia de profissionais que lidam com estrangeiros, como recepcionistas, garçons e taxistas.
Mesmo ciente de que o foco de seu curso estava na leitura, Sandra Aparecida Macedo dos Santos, 32, agente de treinamento, sentiu falta de um contato maior com o francês e, paralelamente, deu início a aulas tradicionais da língua.
"As técnicas auxiliam, e saí do instrumental identificando as idéias principais de textos em francês em quatro meses. Mas senti falta de vocabulário, por isso iniciei também o regular." (PL)


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