UOL


São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PROGRAMA DE INTERCÂMBIO

Países fora do eixo América-Inglaterra, como Malta, crescem no mapa do aprendizado

Rota alternativa redime baixa dos EUA e reanima o mercado

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O arrefecimento da cotação do dólar animou operadores e agências de intercâmbio. O STB (Student Travel Bureau) aposta em uma elevação de 40% a 50% no movimento do segundo semestre com relação ao mesmo período de 2002, ainda que a moeda americana dê novos sinais de alta. Nem as dificuldades criadas à obtenção do visto para os Estados Unidos têm abatido o mercado.
"Os consumidores descobriram destinos alternativos aos clássicos EUA e Inglaterra", diz Claudia Martins, do STB. Canadá, Nova Zelândia e Austrália já se destacavam havia alguns anos. Agora dividem espaço com Malta (ilha do Mediterrâneo) e Dublin (Irlanda).
"Os EUA têm hoje a metade da importância que já tiveram", diz Marcos Calliari, diretor-geral da EF - Educação Internacional, que tem 30 escolas de línguas em 14 países. Para ele, no entanto, o mercado como um todo cresceu.
O inglês é o carro-chefe, com 90% da procura, mas o espanhol tem ganhado espaço, tanto que motivou a abertura da terceira escola da EF na Espanha (Málaga).
Ideal para quem gosta de aprender uma língua "in loco" (é possível cursar o equivalente a um semestre em um mês), o intercâmbio oferece ainda a possibilidade de mesclar o aprendizado com outros interesses pessoais.
Nos pacotes há de tudo: intensivos, idiomas para profissionais, preparatórios para testes, ensino médio, opções para férias e programas combinados de idiomas com esportes ou artes. As desvantagens são o preço -um curso de um mês pode custar cerca de US$ 1.000- e a necessidade de tempo para viagens longas. "Para a Nova Zelândia só vale a pena ir para ficar um bom tempo, é muito longe", diz Claudia Farina, da SIP.
Muitas agências, porém, fazem promoções. "Os preços estão, em média, 20% mais baixos do que no passado", afirma Tereza Fulfaro, da Central de Intercâmbio.
A maioria dos alunos tem até 25 anos, está na faculdade ou é recém-formada. Mas um novo nicho surgiu: jovens profissionais buscando experiência internacional. "Aprender só a língua ficou pequeno", diz Calliari. (RGV)


Texto Anterior: Traduzindo: Incrementar aula clássica é desejável
Próximo Texto:
De pavio curto: Estressado, candidato desafia selecionador

Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.