São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2004

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Governo não tem controle da oferta de cursos

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Classificado pelo Ministério da Educação como curso livre de pós-graduação, o MBA pode, em tese, ser oferecido por qualquer instituição. Por isso nem o governo nem as instituições ligadas à educação superior sabem quantos MBAs operam no país atualmente.
O certo é que esses cursos proliferam em curva exponencial desde que desembarcaram no Brasil, nos anos 70. "Havia muita demanda acumulada, que agora afinal foi atendida", diz Pedro Carvalho de Mello, coordenador do programa da FGV em convêncio com a Ohio University (EUA). "A procura agora vai se limitando ao fluxo anual de formandos."
Roberto Paschoali, presidente da BSP, diz que o fenômeno não é uma "bolha" de curta duração. "O mercado vem amadurecendo. Com a recuperação da economia, a tendência é a de retomada do crescimento da demanda por cursos de MBA."
O diretor da BBS, John Schulz, ressalta outra variante. "A "bolha" ainda não acabou, e deve haver bastante oferta nova, pois é mais fácil [para a escola] implantar um MBA do que o mestrado acadêmico, que exige graduação reconhecida. Ao MBA, basta ter 360 horas para ser reconhecido."
Carvalho de Mello estima que cerca de 30 mil alunos estejam matriculados em MBAs no Brasil, desembolsando ao redor de R$ 10 mil e movimentando R$ 300 milhões anualmente. "Nos EUA, há cerca de 600 mil alunos pagando uns US$ 70 mil ao ano", compara.


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