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A CAMINHO DO EXTERIOR
Sobram bolsas e exigências para estudar fora
JULIANA GARÇON
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Aberta a temporada de caça às
bolsas de estudo, em 2003, sai na
frente quem se prepara com bastante antecedência e já foi até aceito por uma universidade de reconhecimento internacional.
A tarefa não é simples: a maioria
dos patrocinadores exige do candidato uma carta da instituição,
além de bons antecedentes acadêmicos, um denso plano de estudos e proficiência no idioma do
país onde o curso será realizado.
A Fundação Estudar, que contempla estudantes com cursos de
pós-graduação em negócios, administração pública e tecnologia,
entre outros, só investe seus recursos em quem já foi selecionado
por instituições como a Universidade Harvard, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e
a Universidade Columbia.
O Instituto Ling, o Conselho
Britânico e a Comissão Fulbright
impõem o mesmo requisito ao
candidato. "A admissão prévia
por uma universidade de primeira linha acaba sendo o principal
filtro no processo seletivo", observa Ilona Becskeházy, superintendente da Fundação Estudar.
Para a Comissão Fulbright,
experiência profissional é critério
eliminatório. O programa Alban
(Bolsas de Alto Nível para a América Latina), do Serviço de Cooperação da Comissão Européia (EuropeAid), exige, além da admissão pela universidade, que o pleiteante tenha conseguido um tutor
que o acolherá na instituição.
"Não é complicado para quem
vem de universidades que têm laços de cooperação internacional
desenvolvidos. O candidato pode
pedir a um ex-professor", aponta
Mozart das Neves Ramos, reitor
da Universidade Federal de Pernambuco e um dos representantes do programa no Brasil.
Vagas elásticas
O número de contemplados pode variar de acordo com a quantidade de candidatos que atendam
às exigências dos programas.
A recém-lançada iniciativa da
EuropeAid concederá 4.000 bolsas a candidatos de toda a América Latina até 2008. Não há cotas
definidas por ano nem por país.
Já a Alexander von Humboldt
Foundation (AvH) concede cerca
de 25 bolsas para estudantes de
países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, que queiram se
aperfeiçoar em instituições alemãs.
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