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São Paulo, domingo, 20 de abril de 2003

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ENSINO EM ALTA VOLTAGEM

Só 10% dos jovens com idades entre 18 e 24 anos estão no ensino superior; governo quer chegar a 30% até 2006

Método busca ser arma antiexclusão

FREE-LANCE PARA A FOLHA

"O Brasil é um país de dimensões continentais, com exclusão educacional brutal", afirma o secretário de Educação a Distância, João Carlos Teatini de Souza, explicando os motivos que levaram a atual administração a dar mais atenção à educação a distância.
Segundo ele, somente 10% dos jovens com idades entre 18 e 24 anos estão no ensino superior no país. "Situação pior dentro da América Latina, só no Haiti", diz. A meta, afirma, é chegar a 30% até 2006. "Queremos ver 1 milhão a mais de alunos nas universidades públicas, estudando a distância."
De acordo com ele, a informática e a internet são ferramentas fundamentais para atingir esse objetivo, mas não são as únicas. O ideal é fazer uma educação "combinada" (com momentos presenciais e com uso de outras mídias).
Atualmente diversas instituições brasileiras desenvolvem programas de educação a distância. Os cursos de graduação, na maioria das universidades, ainda estão em fase de implantação.
Já existem, porém, 24 instituições com cursos a distância autorizados pelo MEC, que mesclam várias ferramentas de ensino, inclusive a internet (confira quadro abaixo). Outras escolas aguardam aprovação (veja a lista dos autorizados em caráter experimental no site www.mec.gov.br/sesu/ graduacao.shtm).
A Faculdade de Educação São Luís, por exemplo, tem especializações "lato sensu" que incluem oito encontros presenciais, tendo como suporte a tutoria através de internet, fax e telefone.
Nos encontros presenciais, o aluno recebe todo o material didático necessário para cada disciplina, além das informações básicas para a realização do curso.
A Universidade Braz Cubas tem um curso de atualização em direito pela internet, com duração de 60 horas, distribuídas em quatro módulos. Os três primeiros são disponibilizados na internet, e o último módulo é presencial.
Na Uninove, o "e-learning" ainda está sendo testado. "Como é um ambiente mais "frio", o aluno tem de ser muito incentivado, mas a experiência tem sido gratificante. Até problemas que os alunos têm no trabalho ajudamos a solucionar", conta o professor de português Sérgio Simões. (RGV)

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