São Paulo, domingo, 26 de maio de 2002

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VIGILÂNCIA VIRTUAL

Controle pode ser feito até em tempo real

Fernando Moraes/Folha Imagem
O advogado Sérgio Cardin trabalha em escritório que veta acesso a sites como os de "bate-papo"


DA REPORTAGEM LOCAL

Quando a construtora e incorporadora paulistana Tecnisa decidiu, há cerca de um ano, adquirir uma solução de monitoramento, os funcionários levaram cerca de dois meses até assimilar de vez as novas idéias de uso da internet.
"O processo é lento porque a transformação é cultural. No começo, chegamos a flagrar funcionários acessando sites pornográficos ou de conteúdo violento no expediente", conta o gerente de tecnologia, Roberto Moliner, 35.
Como consequência, vários empregados foram advertidos e alguns tiveram suas contas de e-mail canceladas. A empresa optou por não fazer demissões.
O pacote escolhido fornece desde relatórios sobre o procedimento do funcionário até o acompanhamento simultâneo das páginas que ele acessa. O investimento ficou em cerca de R$ 30 mil.
"Para uma empresa com cem funcionários, a estrutura para controle de e-mail e internet sai a partir de R$ 10 mil", comenta João Roberto Peres, 52, da Komp Tecnologia, representante da ferramenta implantada na Tecnisa. "O maior ganho é na produtividade."
Não é o que mostra a experiência da Lobregat & Comercial Advogados, que implantou uma solução da Symantec há um ano. Hoje os advogados não conseguem, por exemplo, acessar salas de "bate-papo" no trabalho.
"A produtividade não subiu nem caiu. Entretanto estamos atuando com mais segurança e dentro das nossas necessidades de trabalho", relata André Klein, 37, gerente de administração.
Sérgio Cardin, 27, advogado da empresa, lembra que, no começo, "os funcionários se assustaram com as restrições". "Hoje entendemos que as limitações ajudam a evitar a perda de tempo."
Na Basf do Brasil, cada um dos 5.000 funcionários assinou um contrato específico para regras de uso de internet e de e-mail, que vetava sites impróprios e e-mails sobrecarregados. "Excluindo isso, não fazemos restrições à utilização recreativa", afirma Sérgio Agudelo, 40, gerente regional de projetos de informática.

Komp: www.komp.com.br; Symantec: www.symantec.com.br.


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