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CURRÍCULO EM CENA
Vídeos e mídias diferentes dão visibilidade a aspirante
Formato pode não funcionar se recrutador não tem disponibilidade
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Inovações na área de recursos humanos nunca faltam. Por
mais que o currículo em papel
não seja uma fórmula esgotada,
vídeos pela internet, DVDs,
CDs e até podcasts podem trazer visibilidade ao candidato.
Não importa o suporte escolhido, o conteúdo é o que deve
acrescentar pontos: inventar
na mídia será inócuo se os dados não mostrarem algo interessante ao recrutador.
Mas os formatos diferentes
podem atrair a atenção. "As novas alternativas são uma maneira de furar o bloqueio entre
um lugar onde se deseja muito
trabalhar e um candidato competente", afirma Jader Rossetto, vice-presidente de criação
da Euro-RSCG no Brasil.
Para Rossetto, na área de
criação, os profissionais querem inovar. "Teve um candidato a estágio que até pegou carona com o limpador de vidros do
prédio para conseguir que eu
visse a sua peça. Vi, gostei e dei
uma vaga para ele", conta.
Henrique Stucker, 27, também quis fazer algo novo. Da
área de comunicação mercadológica, ele trancou a faculdade e
não conseguia achar trabalho.
Em um final de semana na
frente do computador, desenvolveu um vídeo com seus principais feitos até então. "Tive de
criar um diferencial para ser
chamado nas empresas, já que
não sou formado nem estava
estudando", argumenta.
Com cerca de 85 visitas no site YouTube, o vídeo proporcionou a Stucker vários contatos e
alguns encontros. Quando fez a
entrevista para seu atual emprego, o recrutador já havia assistido à apresentação. "Foi um
diferencial", conclui.
Serviço
Aumentar a visibilidade do
candidato por meio do vídeo é a
proposta de alguns sites de recrutamento. O serviço de desenvolver a peça geralmente é
pago e custa cerca de R$ 150.
Desempregada havia seis
meses, a secretária-executiva
Ana Cristina da Conceição, 32,
optou por um serviço de vídeo-currículo em vez de se cadastrar em um site pago de recolocação profissional. "Vi que, para a minha área, valeria a pena
investir nisso", considera.
Segundo Conceição, depois
do vídeo, os contatos de empresas interessadas triplicaram.
Mas não é sempre que o recrutador tem a disponibilidade
de vasculhar algo inusitado feito pelos candidatos à vaga.
"Muitas vezes não faz diferença a pessoa ter desenvolvido
um vídeo maravilhoso no YouTube, simplesmente porque o
banco de dados das empresas
ainda não lê isso", opina Sara
Behmer, diretora-executiva de
RH da Avon. "Talvez para áreas
de comunicação essas novidades funcionem melhor."(MD)
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