São Paulo, domingo, 28 de outubro de 2007

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CURRÍCULO EM CENA

Vídeos e mídias diferentes dão visibilidade a aspirante

Formato pode não funcionar se recrutador não tem disponibilidade

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Inovações na área de recursos humanos nunca faltam. Por mais que o currículo em papel não seja uma fórmula esgotada, vídeos pela internet, DVDs, CDs e até podcasts podem trazer visibilidade ao candidato.
Não importa o suporte escolhido, o conteúdo é o que deve acrescentar pontos: inventar na mídia será inócuo se os dados não mostrarem algo interessante ao recrutador.
Mas os formatos diferentes podem atrair a atenção. "As novas alternativas são uma maneira de furar o bloqueio entre um lugar onde se deseja muito trabalhar e um candidato competente", afirma Jader Rossetto, vice-presidente de criação da Euro-RSCG no Brasil.
Para Rossetto, na área de criação, os profissionais querem inovar. "Teve um candidato a estágio que até pegou carona com o limpador de vidros do prédio para conseguir que eu visse a sua peça. Vi, gostei e dei uma vaga para ele", conta.
Henrique Stucker, 27, também quis fazer algo novo. Da área de comunicação mercadológica, ele trancou a faculdade e não conseguia achar trabalho.
Em um final de semana na frente do computador, desenvolveu um vídeo com seus principais feitos até então. "Tive de criar um diferencial para ser chamado nas empresas, já que não sou formado nem estava estudando", argumenta.
Com cerca de 85 visitas no site YouTube, o vídeo proporcionou a Stucker vários contatos e alguns encontros. Quando fez a entrevista para seu atual emprego, o recrutador já havia assistido à apresentação. "Foi um diferencial", conclui.

Serviço
Aumentar a visibilidade do candidato por meio do vídeo é a proposta de alguns sites de recrutamento. O serviço de desenvolver a peça geralmente é pago e custa cerca de R$ 150.
Desempregada havia seis meses, a secretária-executiva Ana Cristina da Conceição, 32, optou por um serviço de vídeo-currículo em vez de se cadastrar em um site pago de recolocação profissional. "Vi que, para a minha área, valeria a pena investir nisso", considera.
Segundo Conceição, depois do vídeo, os contatos de empresas interessadas triplicaram.
Mas não é sempre que o recrutador tem a disponibilidade de vasculhar algo inusitado feito pelos candidatos à vaga.
"Muitas vezes não faz diferença a pessoa ter desenvolvido um vídeo maravilhoso no YouTube, simplesmente porque o banco de dados das empresas ainda não lê isso", opina Sara Behmer, diretora-executiva de RH da Avon. "Talvez para áreas de comunicação essas novidades funcionem melhor."(MD)

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