São Paulo, domingo, 30 de junho de 2002

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"BURNOUT"

Terapia e afastamento combatem síndrome

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Se você é, ou tende a ser, vítima do "burnout", é melhor tentar livrar-se dele logo. Segundo a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma (International Stress Management Association) no Brasil, esse é o nível de estresse mais devastador e, se agravado, pode levar à depressão profunda.
Quando se está sob a síndrome do "burnout", os especialistas recomendam terapia e umas boas férias. Como o ócio nem sempre é possível, fazer meditação por 20 minutos por dia, ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos três vezes por semana ajudam a aliviar o estresse, orienta o consultor da área de qualidade de vida Marcelo de Almeida.
O estresse gera consequências também para as empresas. Nos EUA, gastam-se, em média, US$ 300 bilhões de dólares por ano com as faltas dos funcionários ao trabalho, a redução da produtividade e as despesas médicas e legais com profissionais que processam as empresas por terem adoecido, segundo a Isma-EUA.
Diante disso, várias empresas investem em programas de qualidade de vida. No escritório paulista de advocacia Moraes Pitombo e Pedroso Advogados, por exemplo, os funcionários têm horários maleáveis, praticam exercício físico e se reúnem a cada 60 dias para almoçar. "O objetivo é que as pessoas possam trabalhar felizes", afirma o advogado Antônio Sérgio de Moraes Pitombo, 33.
O bom humor, aliás, é de grande valia para aliviar o "burnout", diz a psicóloga Denise Gimenez Ramos. "Rir é saber tolerar as diferenças de pensamentos. Com bom humor, a pessoa consegue criar soluções novas", avalia.
Foi usando essa tática que o engenheiro Flávio Soares Mangueira, 27, pediu demissão da empresa onde trabalhava como gerente de informática para investir em uma casa noturna. "Não aguentava a vida estressante que levava. Tinha gripes intermináveis", conta. "Estou mais feliz agora. Só que o meu estresse mudou de foco: hoje é pelo risco assumido."


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