São Paulo, quinta-feira, 01 de junho de 2000
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Pneumologista

"Não acho incoerente médico fumar. Acredito em campanhas educativas para conscientizar as pessoas dos riscos que elas estão correndo quando fumam. O papel do médico é ser um educador. Cabe a cada um escolher correr os riscos ou não. Fumei desde os 18 anos, nunca quis parar. Não tragava, mas gostava do gosto do cigarro. Em janeiro tive um enfarto e precisei largar o cigarro. Nem foi preciso o médico me falar alguma coisa. Eu sabia que fazia mal. De cada 100 fumantes 15 vão ter enfisema pulmonar. Tive um paciente já idoso com enfisema que me marcou muito. Mesmo internado, fumava no banheiro escondido da mulher. Mas achava que tragédias nunca aconteceriam comigo. Foi uma surpresa ter tido o infarto. Lógico que sinto falta do cigarro. Gostaria de fumar, mas sei que não dá. Se me mostrassem que o cigarro não faz mal, voltaria na hora."
Nelson Morrone, 65, ex-fumante.


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